Depois de algum que Ana Beatriz escreveu um post sobre a Estação Ciência colocando suas preocupações eu também fui lá ver a obra. Linda. A Estação Cabo Branco está construída em uma área de 8.571 metros quadrados, no bairro do Altiplano, que fica no entorno do ponto mais oriental das Américas. A obra foi construída em aproximadamente 11 meses e o valor do investimento foi de R$ 33,5 milhões, financiados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. O tão comentado painel que foi também inaugurado com a obra esta lá se chama ‘O Reinado do Sol’, criado pelo artista plástico paraibano Flávio Tavares. A obra foi criada especialmente para a Estação Cabo Branco e possui nove metros de comprimento, por três metros de altura. O painel recebeu às bênçãos (irc) do arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Pagotto. Não sei exatamente porque. Segundo o artista, o trabalho retrata o fantástico extraído do real, em uma espécie de aventura encantada, mostrando em ricas alegorias a história da fundação da Capital e a conquista da Paraíba. Flávio Tavares levou cerca de dois meses para concluir a obra. Mas o que me levou mesmo escrever este post foi uma coincidência. Como já coloquei aqui algumas vezes estamos organizando o I Encontro de História do Império Brasileiro que terá um alcance nacional. Pois bem, uma colega nossa do Museu Nacional no Rio de Janeiro, a pesquisadora Teresa Baummam, nos propôs trazer uma exposição daquela instituição para João Pessoa mas que precisava de um bom espaço, e ainda vem com ela duas pesquisadores para treinar monitores para a exposição. Pensamos que legal será uma grande aquisição para a cidade poderemos até mostrar na Estação Cabo Branco. Ledo engano. Ao se falar com o senhor Fernando que é o Diretor daquela grande espaço vazio ele pasmem disse que não tem espaço que no período haveria uma exposição de Chico Mendes, que as pessoas iriam se confundir com exposições tão diferentes blá blá blá. Agora me digam que espaço falta naquele lugar? O povo de João Pessoa é tão ignorante (na visão daquele senhor) que não consegue visitar duas exposições diferentes? Quanta decepção. Até acho a obra linda, os turistas a adoraram, mas se erguer uma obra daquela e não se colocar pessoas preparadas para a sua direção demonstra também uma grande falta de responsabilidade com o dinheiro público. Como disse a colega Ana Beatriz e pela “arte” que vi lá e pela direção é provável que logo logo será o museu do Lampião, do João Pessoa, do Ricardo Coutinho ou do Fernando.
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