sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Morreu o historiador francês Pierre Chaunu



PARIS, França — O historiador Pierre Chaunu, uma das grandes figuras da escola histórica francesa, faleceu na quinta-feira (22) em Caen, aos 86 anos, informou neste sábado a Academia de Ciências Morais e Políticas, da qual era membro.

Ex-professor de História Moderna na Universidade Sobornne, Pierre Chaunu era um dos fundadores da história quantitativa, que se baseia na matemática e estatísticas e utiliza a economia e a demografia para analisar as evoluções históricas.

Ele era especialista na América espanhola e na história social e religiosa da França nos séculos XVI, XVII e XVIII.

I Seminário Nacional de Fontes documentais e Pesquisa Historica


No século XX houve uma verdadeira revolução sobre o que se entende por documento, permitindo a ampliação e a diversificação da definição de fonte na pesquisa histórica.
O cotidiano dos historiadores é marcado pela necessidade de “reinstituir” o passado. Com efeito, como historiadores não vivenciamos o processo histórico estudado, nossa tarefa é procurar os fragmentos e, por meio destes, construir afirmações, elaborar hipóteses, inferindo sobre o campo dos possíveis.
Nesse sentido, o Programa de Pós-Graduação em História da UFCG percebeu a necessidade de um encontro para debater, discutir e difundir os desafios, os limites e as possibilidades que as experiências de pesquisa com a utilização de fontes documentais têm imposto ao ofício do historiador, de modo que novos caminhos e perspectivas sejam delineados para enriquecer e fortalecer a prática da história.
Sendo assim, o objetivo do projeto desse seminário é abrir um leque de discussões sobre as escolhas do trabalho historiográfico nos últimos anos (situando-as, também, como escolhas políticas e interdisciplinares), de modo a compreender os diferentes usos do passado pelos historiadores.
Ao escolher determinado objeto de pesquisa, conseqüentemente, há que se considerar que o método – a forma pela qual se movimenta em meio à documentação – não está separado da escrita – resultado do trabalho de investigação.
Ampliou-se as fontes para a prática de historiar, ampliação essa propiciada, por sua vez, pela ampliação dos referenciais teórico-metodológicos, favorecendo o enfoque de variadas temáticas sob diferentes ângulos.
Percebe-se nos trabalhos acadêmicos dos últimos anos, que ocorreu uma humanização das personagens e o enriquecimento da trama que envolve diferentes sujeitos em diferentes papéis e em variados espaços e tempos históricos. Além das denúncias, os historiadores, vem buscando possíveis recomposições das experiências de homens e mulheres e suas relações com os espaços sociais, culturais, políticos e ambientais, tecendo influências e desdobramentos.
A possibilidade metodológica de se trabalhar com diferentes fontes documentais permitiu também um diálogo ampliado entre a história e diferentes saberes, como a antropologia, lingüística, sociologia, tornando os exercícios de crítica interna às fontes mais rigorosos e produtivos.
Além do que foi exposto, é preciso que cada vez mais as instituições e a sociedade desenvolvam uma consciência de que a preservação das fontes documentais possibilita a valorização da memória nacional e contribui para estabelecer um elo entre passado e presente através das pesquisas históricas. As fontes históricas, registradas de diversas formas e em diferentes suportes, devem ser uma preocupação de todos os pesquisadores, não só da área da História, mas de outros saberes.
Abre-se, portanto, este Seminário, a trazer à tona diferentes discussões sobre documentos, no intuito de compartilhar saberes e métodos, discutir paradigmas de interpretação em uma perspectiva interdisciplinar

Campina Grande 1 a 4 de dezembro de 2009

LOCAL: Universidade Federal de Campina Grande

Auditório do Centro de Extensão José Farias.

Endereço: Rua Aprígio Velozo, N° 882, Bairro Universitário, Cep. 58 429 900

Fone: (83) 3310-1495.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

V CONGRESSO INTERNACIONAL DE FILOSOFIA E EDUCAÇÃO (CINFE) - 2010


O Centro de Filosofia e Educação (CEFE) e o Programa de Pós-Graduação em Educação, Mestrado (PPGEdu), da Universidade de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, torna pública a chamada para apresentação de trabalhos no V Congresso Internacional de Filosofia e Educação (CINFE).

O V CINFE se propõe a focalizar sua discussão sobre o tema: conhecimento, linguagem, educação e cidadania: pensando alternativas para os desafios da educação na atualidade.

O evento será sediado, em Caxias do Sul, na Universidade de Caxias do Sul, de 17 a 20 de maio de 2010, no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil.

O período para a apresentação do resumo expandido para proposta de trabalhos é de 30 de setembro a 16 de novembro de 2009. A proposta deverá ser encaminhada para: vcinfe@gmail. com

Mais informações pelo endereço: http://www.ucs. br/ucs/eventos/ cinfe


Livro: O historiador e suas fontes



Como o pesquisador, na prática do seu oficio, pode trabalhar com fotografias, obras literárias, cartas, diários, discursos e pronunciamentos, testamentos, inventários, registros paroquiais e civis, processos criminais, materiais produzidos por órgãos de repressão ou mesmo com as inúmeras fontes do patrimônio cultural? Em O historiador e suas fontes, um grupo de historiadores experientes responde a essa questão, sugerindo um repertório variado de fontes interessantes e suas formas de utilização.
A obra mostra também por que certos documentos adquirem maior ou menor relevância ao longo do tempo e em que isso afeta a História e a memória. Fala ainda de como os debates historiográficos, ao sabor das tendências modernas e pós-modernas alteram o uso das fontes históricas e afetam o ofício do historiador. O historiador e suas fontes é, portanto, uma instigante discussão sobre teoria e prática da História.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O modelo de educação tucana.

Escola pública cobra de aluno para fazer prova
Estudantes que não pagam cerca de R$ 2 têm o número de matrícula anotado na lousa e precisam copiar as questões à mão

Colégio também vende uniformes, cuja utilização é obrigatória no local; qualquer cobrança é proibida na rede pública

DIOGO BERCITO
DA REPORTAGEM LOCAL

A Escola Estadual São Paulo, colégio modelo da rede pública paulista, localizada na região do Brás, bairro do centro da capital paulista, cobra entre R$ 1,50 e R$ 2 de seus alunos para a realização de provas bimestrais e comercializa uniformes -uma calça custa cerca de R$ 50 e uma camiseta, R$ 20.
As duas práticas contrariam lei, de 1983, segundo a qual escolas públicas do Estado não podem cobrar nenhum tipo de tarifa dos estudantes.
Na Escola São Paulo, quem não paga pela prova tem seu número de matrícula anotado na lousa e é obrigado a copiar os enunciados à mão, em papel trazido de casa, segundo alunos ouvidos pela reportagem. A escola alega que o valor cobrado cobre gastos com xerox.
O caso foi relatado à Folha por 28 alunos, oito pais e um professor, que pediu anonimato. Confirmam também a denúncia a Ubes (União Brasileira de Estudantes Secundaristas) e a Upes (União Paulista de Estudantes Secundaristas), que se posicionam contra a prática.
A direção da escola admite que já vendeu uniformes, cujo uso é obrigatório no colégio, mas diz ter interrompido a comercialização em junho, após a publicação de portaria da Cogsp (Coordenadoria de Ensino da Região Metropolitana da Grande São Paulo).
O informe, de 18 de junho e publicado no "Diário Oficial" do Estado, diz que a comercialização de uniformes não pode ser feita dentro do ambiente escolar, sob pena de resultar em sanções administrativas.
Apesar de a direção afirmar ter feito cessar a prática, a avó de uma aluna transferida para o colégio no segundo semestre relata que comprou as roupas da escola em agosto, por R$ 134 o conjunto (calça, blusão e camiseta). "Sem uniforme, me disseram que ela não poderia frequentar [as aulas]."
Outra aluna relatou que pediu a uma costureira que copiasse o uniforme e, por isso, recebeu uma advertência do colégio. "A diretora me disse que eu estava com uma roupa pirateada", afirma.
De acordo com relatos de estudantes feitos ontem, após ser procurado pela reportagem, o colégio passou a proibir a venda de provas e de uniformes. Agora, as avaliações bimestrais deverão ter os enunciados todos copiados à mão.
"É cansativo, depois de escrever tudo isso eu já vou ter esquecido o que estudei!", disse uma aluna do segundo ano. As provas, afirmaram, costumam ter até cinco páginas.
A escola, com 1.900 estudantes, foi fundada em 1894 com o nome de Gymnasio de São Paulo e já se chamou, também, Colégio Estadual Franklin Delano Roosevelt. É considerada modelo do ensino público paulista, entre outras coisas, por seu bom desempenho no Saresp (Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo). Não há ranqueamento por resultado, mas ela apresenta notas superiores à média do país.

Fim das normalistas

O plenário da Câmara aprovou nesta quarta-feira o projeto de lei 3971/08, que exige nível superior, com licenciatura, dos professores que atuam na educação básica --educação infantil, ensino fundamental e nível médio.

A proposta, entretanto, prevê a contratação de profissionais com apenas o ensino médio para a educação infantil em locais onde não existirem professores com nível superior. Segundo informações da "Agência Câmara", a regra vale também para as quatro séries iniciais do ensino fundamental.

A matéria aprovada retirou do texto final o dispositivo que permitia ao MEC (Ministério da Educação) estabelecer nota mínima no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) como pré-requisito para ingresso em cursos de graduação para formação de docente.

O texto da deputada Ângela Amin (PP-SC), aprovado na forma do substitutivo do deputado Iran Barbosa (PT-SE), segue agora para votação no Senado.

sábado, 17 de outubro de 2009

ONU não leva a sério pesquisa da Kátia e do Globope

Para relator da ONU, há tentativa de tirar a credibilidade do MST no Brasil
O relator especial da ONU (Organização das Nações Unidas) para direito à alimentação, Olivier De Schutter, afirmou nesta sexta-feira (16) que há uma tentativa de “descredibilizar” o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) no Brasil.
Há uma estratégia para descredibilizar o Movimento dos Sem Terra. Um indicador disso é o estudo recente encomendado pela Confederação Nacional da Agricultura ao Ibope que pretenderia tirar conclusões com base em nove assentamentos, dos 8.000 que há pelo país. Como professor de universidade eu não aceitaria esse tipo de porcentagem”, disse.
O relator referiu-se a estudo divulgado no início desta semana pela CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), indicando, entre outras coisas, que 37% dos assentamentos agrários no país não produzem nada e 72,3% dos assentados não geram renda. O levantamento foi realizado de 12 a 18 de setembro deste ano, em mil domicílios, de nove Estados.

Fonte: http://www.paulohenriqueamorim.com.br