O conjunto da Igreja e convento da Graça, localizado no Largo da Graça, em Lisboa, remonta ao início da nacionalidade, tendo florescido no século XVI. Inicialmente convento, foi fundado no monte de São gens, no antigo local conhecido por Almofala - onde D. Afonso Henriques acampou com as suas tropas durante o cerco a Lisboa em 1147. Em 1271 inicia-se a construção do convento, com instalações para 50 monges dos eremitas calçados de Santo Agostinho, sendo as obras patrocinadas por D. Afonso III. O convento tornou-se Cabeça da Ordem Provincial desde 1291 até à sua extinção em 1883. Em 1305, por disposição de Frei Francisco do Monte Rubiano, em cumprimento de voto feito em Roma, o convento de Santo Agostinho de Lisboa é consagrado a Nossa Senhora da Graça.
Segundo a lenda, em 1362 a Imagem de Nossa Senhora da Graça apareceu em Cascais, na rede de pescadores que a teriam vindo entregar ao convento da Graça no dia seguinte. Em 1375 é construída a muralha fernandina, que envolveu o convento, até Sul. Segundo a lenda, a imagem de Nossa Senhora da Graça teria anunciado a vitória dos exércitos de D. João I na Batalha de Aljubarrota, sendo por isso feito voto de vir todos os anos, em procissão, à Igreja, costume apenas interrompido durante a união ibérica entre 1580 e 1640. Em 1472, instituem capela no convento, Rui Gomes de Alvarenga e D. Melícia de Melo, pais de Lopo Soares de Albergaria, vice-rei da Índia. A 24 de Março de 1506, data da sua partida para a Índia Afonso de Albuquerque, deixa um testamento instituindo capela na igreja do convento da Graça, onde estavam sepultados seu pai e seu bisavô. Em 1530 é legalizada a cedência da capela, chamada de São Fulgêncio (actual baptistério) mandada edificar na antiga sacristia por Lopo Soares de Albergaria, para si e seus herdeiros, onde se encontrava sepultada sua mulher, D. Joana de Albuquerque. Em 1544 D. João III doa ao convento os terrenos a norte e oeste, exteriores à cerca Fernandina. Em 1551 o convento teria 70 frades e 13 capelas. Entre 1556 / 1565 é reedificada a igreja com três naves, por iniciativa do Vigário Frei Luís de Montoya, restando apenas o actual baptistério. Em 18 de Maio de 1566, é feito o sepultamento dos restos mortais de Afonso de Albuquerque na capela-mor. Em 1587 é feita a primeira Procissão dos Passos da Graça, na Quaresma.
A torre sineira é obra de Manuel da Costa Negreiros e data de 1738. Com o terremoto de 1755, grande parte da igreja ruiu, sobretudo a fachada, as abóbadas da capela-mor e do cruzeiro. Na reconstrução, optou-se por um interior sóbrio, cujas capelas, de talha dourada, imprimem uma linguagem ainda rocaille de finais do século XVIII. O seu interior é marcado pela talha dourada, azulejos e pintura do tecto. Está virada para um miradouro com vista sobre a cidade e o rio. Classificado de Monumento Nacional.
3 comentários:
Ora boas noites, pá!
Como vais?
De retorno e com força total, espero! Olha vou-te pedir um favorzinho: fazes o favor de não "matares o velho" trazendo aí as imagens lá da terrinha... olha que as saudades acabam com um e não tenho cá os fados e o tinto para suavizar a situação!!!!
Obrigado!
Abração meu caro! Valeu também pela visita lá no nosso blog!
Pois é meu amigo então segura o coração que tenho mais ou menos umas 5.000 fotos kkkkk sua terra é linda e fui de posso dizer que conheci de ponta a ponta. Sim o fado e o vinho eu tenho tanbém kkk QUe saudades da Tasca do Chico lá na Alfama e no Chiado.
Nem fala, vice...!
Estou agendando, no mínimo, uns 90 dis após o término do doutorado para matar as saudades da terrinha. Desde 2005 que não vou lá!
Pois é... me mata de inveja, vai!
Fados... bom vinho... o ar romântico do Bairro Alto ou da Alfama (que outros tais que Mouraria, Rosário etc., não me escutem), umas boas iscas ou uns bolinhos de bacalhau...
#CALABOCAMANUEL!!!!!!!!
Super abraço!
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