Eu sempre fui apaixonado pela história da família Távora e da figura do Marques de Pombal.. É uma história muito interessante e tinha me prometido que iria visitar o local onde os integrantes da família foram supliciados no Belém em Lisboa e o local onde estariam os restos do Marques que fiquei sabendo estariam em Belém só não sabia exatamente onde.. Então numa tarde de domingo resolvo ir. Saio de casa as 12 horas. Pego o metro da linha amarela até a estação da Marques de Pombal e em seguida a linha até o Cais do Sodré. De lá pego o elétrico e sigo para Belém. Mas não estava interessado mais em ver a Torre de Belém e nem os Jeronimos. Não que não sejam locais muito interessantes mas é que já tinha ido lá várias vezes. Então me enfiei pelo interior do bairro. Lá pelas tantas encontrei a bela Igreja da Memória.Esta Igreja foi começada a construir por volta de Maio de 1760, tendo-se celebrado a cerimônia do lançamento da primeira pedra a 3 de Setembro de 1760. A sua construção é devida a D. José I num gesto de gratidão por se ter salvo de uma tentativa de assassínio dois anos antes, em1758, no local. O monarca regressava de um encontro secreto com uma dama da família Távora quando a carruagem foi atacada e uma bala o atingiu num braço. Pombal, cujo poder já era absoluto, aproveitou a desculpa para se livrar dos seus inimigos Távoras, acusando-os de conspiração. Em1759, foram torturados e executados. As suas mortes são comemoradas por um pilar no Beco do Chão Salgado, junto da Rua de Belém. Quanto ao projeto da Igreja este é do italiano Giovanni Carlo Sicinio Galli Bibiena arquitecto e cenógrafo bolonhês autor do Teatro do Forte ou Teatro do Salão dos Embaixadores no Palácio da Ribeira (1752-1754), Teatro real de Salvaterra de Magos (1753-1792), Teatro real da Ópera do Tejo (mar.1755-nov.1755) e do Teatro da Quinta de Cima ou Teatro da Ajuda. Igualmente foi responsável pela Real Barraca da Ajuda e da sua Capela Real. A condução das obras até 20 de novembro de 1760 esteve a cargo do arquiteto italiano. Contudo, em 1762 as obras pararam por motivos econômicos, sendo apenas retomadas em Novembro de 1779. Assumindo o cargo o arquiteto Mateus Vicente de Oliveira, sendo o responsável pelo piso superior da igreja, pelo zimbório, cúpula e lanternim. Em 1785, Mateus Vicente morre, ficando por concluir a torre sineira. Hoje é a sede da Ordinariato Castrense de Portugal/Diocese das Forças Armadas. Em estilo neo-clássico, a igreja é pequena, mas graciosa, sendo o interior em mármore e tendo no exterior uma bela cúpula. Contudo seu pormenor mais significativo é o fato de servir de mausoléu ao Marquês de Pombal, que está ali sepultado. Nas fotos a ordem é a seguinte: a primeira é o Beco do Chão Salgado onde a familia Távora foi supliciada; a segunda é a urna funerária do Marques de Pombal e as seguintes são da Igreja da Memória.
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Igrejas de Portugal- Igreja da Memória-Lisboa
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