quinta-feira, 31 de julho de 2008

Estação Ciência: grandes obras e falta de prepara


Depois de algum que Ana Beatriz escreveu um post sobre a Estação Ciência colocando suas preocupações eu também fui lá ver a obra. Linda. A Estação Cabo Branco está construída em uma área de 8.571 metros quadrados, no bairro do Altiplano, que fica no entorno do ponto mais oriental das Américas. A obra foi construída em aproximadamente 11 meses e o valor do investimento foi de R$ 33,5 milhões, financiados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. O tão comentado painel que foi também inaugurado com a obra esta lá se chama ‘O Reinado do Sol’, criado pelo artista plástico paraibano Flávio Tavares. A obra foi criada especialmente para a Estação Cabo Branco e possui nove metros de comprimento, por três metros de altura. O painel recebeu às bênçãos (irc) do arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Pagotto. Não sei exatamente porque. Segundo o artista, o trabalho retrata o fantástico extraído do real, em uma espécie de aventura encantada, mostrando em ricas alegorias a história da fundação da Capital e a conquista da Paraíba. Flávio Tavares levou cerca de dois meses para concluir a obra. Mas o que me levou mesmo escrever este post foi uma coincidência. Como já coloquei aqui algumas vezes estamos organizando o I Encontro de História do Império Brasileiro que terá um alcance nacional. Pois bem, uma colega nossa do Museu Nacional no Rio de Janeiro, a pesquisadora Teresa Baummam, nos propôs trazer uma exposição daquela instituição para João Pessoa mas que precisava de um bom espaço, e ainda vem com ela duas pesquisadores para treinar monitores para a exposição. Pensamos que legal será uma grande aquisição para a cidade poderemos até mostrar na Estação Cabo Branco. Ledo engano. Ao se falar com o senhor Fernando que é o Diretor daquela grande espaço vazio ele pasmem disse que não tem espaço que no período haveria uma exposição de Chico Mendes, que as pessoas iriam se confundir com exposições tão diferentes blá blá blá. Agora me digam que espaço falta naquele lugar? O povo de João Pessoa é tão ignorante (na visão daquele senhor) que não consegue visitar duas exposições diferentes? Quanta decepção. Até acho a obra linda, os turistas a adoraram, mas se erguer uma obra daquela e não se colocar pessoas preparadas para a sua direção demonstra também uma grande falta de responsabilidade com o dinheiro público. Como disse a colega Ana Beatriz e pela “arte” que vi lá e pela direção é provável que logo logo será o museu do Lampião, do João Pessoa, do Ricardo Coutinho ou do Fernando.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Encontro de Imperio


Finalmente terminamos a fase do nosso evento em setembro. O trabalho foi muito grande recebemos inscrições até do exterior. Quase chegamos nos 300 inscritos, o que para um evento de IMperio Brasileiro é muito bom. Neste evento lançaremos nosso livro sobre a educação na Paraiba imperial que também esta dando um bom trabalho. Pra quem acessa aqui vou colocar em primeira mão a capa do nosso livro.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Texto de Saviani na Folha sobre o atual estado da educação no Brasil


Ensino sem demagogia

Professor da Unicamp ataca discurso vazio do governo na área e propõe soluções para a educação no Brasil


DERMEVAL SAVIANI


ESPECIAL PARA A FOLHA

Os mais variados diagnósticos põem em evidência o estado atual altamente precário da qualidade da educação pública brasileira. E o mais recente programa de enfrentamento da situação, o PDE [Plano de Desenvolvimento da Educação], se propôs a atacar de frente exatamente o problema da qualidade do ensino, mas tem um calcanhar-de-aquiles: o insuficiente investimento.
Tal situação agora repercute de forma ampliada por efeito da greve dos professores da rede pública estadual de SP [iniciada em 16/6], que põe em evidência o problema das condições precárias de trabalho que dificultam a ação dos professores e afetam a formação, desestimulando a procura pelos cursos de preparação docente.
Tanto para garantir uma formação consistente como para assegurar condições adequadas de trabalho, faz-se necessário prover os recursos financeiros correspondentes.
Eis o grande desafio a ser enfrentado. É preciso acabar com a duplicidade pela qual, ao mesmo tempo em que se proclamam aos quatro ventos as virtudes da educação, as políticas predominantes se pautam pela redução de custos, cortando investimentos.
Impõe-se ajustar as decisões políticas ao discurso imperante. Trata-se, pois, de eleger a educação como máxima prioridade, carreando para ela todos os recursos disponíveis.

Questão crucial


Não se trata de colocar a educação em competição com outras áreas necessitadas, como saúde, segurança, estradas, desemprego, infra-estrutura de transporte, de energia, abastecimento, ambiente etc. Ao contrário, como eixo do projeto de desenvolvimento nacional, a educação será a via escolhida para atacar de frente todos esses problemas.
Se ampliarmos o número de escolas, tornando-as capazes de absorver toda a população em idade escolar, se povoarmos essas escolas com todos os profissionais de que necessitam, em especial com professores em tempo integral e bem remunerados, estaremos atacando o problema do desemprego diretamente, pois serão criados milhões de empregos.
Estaremos atacando o problema da segurança, pois estaremos retirando das ruas e do assédio do tráfico de drogas um grande contingente de crianças e jovens.
Mas, principalmente, atacaremos todos os demais problemas, pois estaremos promovendo o desenvolvimento econômico, uma vez que esses milhões de pessoas com bons salários irão consumir e, com isso, ativar o comércio, que, por sua vez, ativará o setor produtivo (indústria e agricultura), que irá produzir mais e contratar mais pessoas.
De quebra, a implementação desse projeto provocará o crescimento da arrecadação de impostos, maximizando a ação do Estado na infra-estrutura e nos programas sociais.
Enfim, com esse projeto será resolvido o problema da qualidade da educação: transformada a docência numa profissão atraente em razão da sensível melhoria salarial e das boas condições de trabalho, para ela serão atraídos muitos jovens dispostos a investir recursos, tempo e energia numa alta qualificação obtida em graduações de longa duração e em cursos de pós-graduação.
Com um quadro de professores altamente qualificado e fortemente motivado trabalhando em tempo integral numa única escola, estaremos formando os cidadãos conscientes, críticos, criativos, esclarecidos e tecnicamente competentes para ocupar os postos do mercado de trabalho de um país que viria a recuperar, a pleno vapor, sua capacidade produtiva.

Falta de coerência


Estaria criado, por esse caminho, o tão desejado círculo virtuoso do desenvolvimento. Trata-se de uma proposta ingênua, romântica? Não. Ela apenas extrai as conseqüências do discurso hoje dominante, cobrando coerência aos portadores desse discurso.
Está lançado o desafio aos formadores de opinião, aos empresários, dirigentes dos vários níveis e dos mais diferentes ramos de atividade e, em especial, aos políticos.
Ou assumimos essa proposta ou devemos deixar cair a máscara e pararmos de pronunciar discursos grandiloqüentes sobre educação, em flagrante contradição com uma prática que nega cinicamente os discursos proferidos.


DERMEVAL SAVIANI é professor emérito da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e autor de, entre outras obras, "Política e Educação no Brasil" (ed. Autores Associados).

terça-feira, 15 de julho de 2008

Escravidão é tema de colóquio no Departamento de História

O Programa de Pós-Graduação em História (PPGH-UFPE) promove, nos dias 4 e 5 de agosto, o colóquio “Experiências na escravidão e na liberdade: histórias diversas, histórias de vida”, que acontecerá no auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) da Universidade.
O encontro, coordenado pelo professor Marcus Carvalho, será o primeiro de caráter internacional sediado pelo Programa para discutir as faces da escravidão no Brasil e no mundo. Na ocasião, haverá exposição de trabalhos de professores da França, Estados Unidos e universidades brasileiras, seguida de mesas-redondas para debater o tema. A entrada é gratuita.


Programação
DIA 4/8 (Segunda-feira)

10h-12h: Bernard Vincent (École de Hautes Études – Paris)
Catarina Madeira Santos (École de Hautes Études – Paris)
Mediação: Marc Jay Hofnagel (UFPE)
14h-17h: Jean-Paul Zuñiga (École de Hautes Études – Paris)
Myriam Cottias (École de Hautes Études – Paris)
Carlos Eugênio Líbano Soares (UFBA)
Mediação: Socorro Ferraz (UFPE)
DIA 5/8 (Terça-feira)
10h-12h: Robert Slenes (Unicamp)
Wellington Barbosa da Silva (UFRPE)
Mediação: Suzana Cavani Rosas (UFPE)
14h-16h20: Erica Windler (Northern Michigan University)
Gabriela Sampaio (UFBA)
Suely Almeida (UFRPE)
Mediação: Tanya Brandão (UFPE)
16h30-18h: Douglas Libby (UFMG)
Peter Beattie (Northern Michigan University)
Mediação: Marcus J. M. de Carvalho (UFPE)

Mais informações
Pós-Graduação em História
(81) 2126.8292

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Pós-graduação,Pesquisa e Publicações


Caríssima Ana Beatriz tomo o título de seu post porque achei o tema instigante então vamos lá. Eu também fiquei muito assustado com o terrorismo feito com relação ás novas medidas da Capes no que tange aos programas de pós-graduação no país. Isso deixa mais claro a ausência de uma política mais coerente e mais consistente relacionada à pós-graduação, com a definição clara de fins e metas bem delineadas, evitando-se o isolamento do sistema avaliativo em relação ao contexto maior da política educacional do país. Este sistema carrega subjacente uma política educacional, sim, mas trata-se de uma política às vezes por demais atrelada ao mercado, esvaziando seu sentido qualitativo, reduzindo-se a critérios políticos muito acanhados. Outro ponto que devemos destacar é a complexa política de financiamento da pesquisa no país. A cada ano os recursos para o setor são menores no que tange ao custeio de bolsa, por exemplo. A pós-graduação no Brasil nasceu nos anos 1930 e na ultima década teve um grande oferecimento de novas vagas na área em todos os setores do conhecimento e diferentes modalidades de cursos (mestrados profissionalizantes, mestrados interinstitucionais, cursos de pós-graduação à distância, cursos fora da sede), embora a distribuição dos Programas pelas diversas regiões do país continue muito desequilibrada, com grande concentração no Sudeste. A produção no eixo sul-sudeste nos supera em todos os níveis com certeza, mas temos que rever algumas de nossas posturas por aqui também. E esta revisão tem que se dar, por exemplo, com relação a publicação. Um programa de pós-graduação tem que fazer mais do que apenas produzir e guardar. Temos que publicar as teses e trabalhos e é isso que as novas resoluções pedem. Apenas a título de exemplo a professora Ana Maria Galvão da UFMG esteve a tempo na UFPB e fez uma afirmação que me deixou mais assustado que o discurso de nossa diretora da pós. Ela nos relatou que ao fazer o balanço da produção da Revista de educação da qual fez parte em São Paulo não havia trabalhos do nordeste nem entre os recusados, ou seja, os pesquisadores da nossa área nem haviam enviado trabalhos. É ou não mais preocupante? Quando fazia parte do colegiado na minha época de mestrado ouvi um professor dizer que publicação de aluno não tinha importância. É ou não mais preocupante. Nesta gestão do programa podemos perceber que existe uma preocupação maior com este item justamente porque é nosso maior problema. Nós falamos em inserção social, mais qual a inserção social da nossa área como um todo na sociedade, visto que a Paraíba ainda é um dos estados com o maior número de analfabetos da federação, com um programa de pós-graduação em educação com 30 anos? Não estou fazendo aqui o advogado da Capes até porque não concordo com todas as medidas tomadas e esta política de mudar a todo o momento as avaliações dos programas sem levar em conta os programas periféricos como o nosso. Mas uma medida que acho importante é a que esvazia os congressos pelo país que viraram moda. O que vai importar agora serão os livros ( e isso é muito importante para a nossa área), e os trabalhos em periódicos, além da colaboração efetiva entre orientando e orientador que terão que publicar mais juntos.

Bem caríssima esta é minha visão espero que possamos debater mais o assunto

domingo, 6 de julho de 2008

Lançamentos de livros


Durante o I Encontro de Historia do Imperio Brasileiro a ser realizado na UFPB em setembro aconteceram alguns lançamentos de livros de pesquisadores preocupados com a consolidação da do campo de pesquisa da História da Educação. Entre estes destacamos o Prof. Jorge Carvalho da Universidade Federal de Sergipe que vai lançar o livro A ESCOLA DE BADEN-POWELL: CULTURA ESCOTEIRA, ASSOCIAÇÃO VOLUNTÁRIA E ESCOTISMO DE ESTADO NO BRASIL. Segundo o autor¨A Escola de Baden-Powell tem como objetivo chamar a atenção para a dimensão mais importante do Escotismo - a de ser o movimento fundado pelo lord Robert Baden-Powell uma Pedagogia Ativa, inserida no contexto das reformas educacionais que embalaram diferentes países europeus e americanos durante as primeiras décadas do século XX. É apresentando um perfil do general inglês Robert Baden-Powell, discutindo 'A Cultura Escoteira', debatendo o 'Escotismo como associação voluntária' e estabelecendo o vínculo do Escotismo com o nacionalismo no Brasil no período de 1907 a 1950.

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V COLÓQUIO DE PESQUISA SOBRE INSTITUIÇÕES ESCOLARES : ENTRE O INDIVIDUAL E O COLETIVO UNINOVE/PPGE

O V Colóquio Pesquisa sobre Instituições Escolares, a ser realizado nos dias 27, 28 e 29 de agosto de 2008, é uma iniciativa da Linha de Pesquisa *História e Teoria do Trabalho Docente e do Educador Social – LIPHIS do Programa de Pós-Graduação em Educação
(Mestrado) da Universidade Nove de Julho – PPGE/UNINOVE. O evento visa a promover o intercâmbio de pesquisadores nacionais e
internacionais que têm como objeto de estudo as instituições escolares, com ênfase nas instituições
formadoras de professores. Segundo os organizadores o objetivo deste V Colóquio é incentivar o debate sobre os protagonistas – individuais e coletivos – do processo educativo, sua inserção institucional, historicidade, participação social e as condições do exercício da profissão docente e do educador social nas instituições escolares, nas organizações não governamentais, nos movimento sociais, etc. Pretende-se, com este debate, contribuir para compreensão da especificidade do trabalho docente, seus reflexos nas atividades políticas e sociais, bem como estimular pesquisas e estudos sobre essa temática.

LOCAL DAS ATIVIDADES:
Local e Data: São Paulo 27 - 29 de agosto de 2008
Conferência de Abertura: Auditório Lídia Storópoli – UNINOVE, Campus Vila Maria. Rua Diamantina, 310, Vila Maria, São Paulo - SP

Mesas redondas e comunicações: Centro de Pós-Graduação da UNINOVE - Av. Francisco Matarazzo, 612. Água Branca. São Paulo – SP CEP. 05001-100 - Telefones:(11) 3665 9312, 9314 e 9317.
DATAS DE SUBMISSÃO DE TRABALHOS E INSCRIÇÕES:
ENVIO DOS RESUMOS
Até 31 julho de 2008.
COMUNICAÇÃO DO ACEITE
Até 04 de agosto de 2008.
ENVIO DO TEXTO COMPLETO para PUBLICAÇÃO NOS ANAIS (ISSN 1981-9056): Até 11 de agosto de 2008.
As inscrições para o evento poderão ser realizadas por meio do e-mail: liphis.uninove@gmail.com