sábado, 28 de fevereiro de 2009

VIII Colóquio Nacional e o I Colóquio Internacional do Museu Pedagógico(UESB)


O Museu Pedagógico da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) tem como objetivos estudar, pesquisar, refletir, sistematizar, produzir, musealizar e divulgar o conhecimento, exercendo a dialogia entre a educação e outras áreas do conhecimento. Sua composição compreende grupos de estudo/pesquisa nas áreas de Educação e de outras ciências Humanas, Ciências Sociais, Ciências Experimentais e da Matemática.
Comunicamos que, no período de 09 a 11 de setembro de 2009, será realizado o VIII Colóquio Nacional e o I Colóquio Internacional do Museu Pedagógico, intitulados: AS REDES CIENTÍFICAS E O DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA: perspectivas multidisciplinares. O Evento será no próprio espaço do Museu.
Para o evento, está prevista a realização de conferências, colóquios temáticos e sessões de comunicação científicas, dentre outras atividades.
As inscrições de propostas para os Colóquios Temáticos estarão abertas durante o período de 1º de janeiro a 31 de março de 2009, através do e-mail coloquiomuseupedagogico@gmail.com
Poderão enviar propostas: pesquisadores associados a grupos de pesquisas em museus, núcleos e outros grupos de produção acadêmico-científica, por meio de seu coordenador (a) e/ou vice-coordenador (a).
Para inscrição das propostas dos Colóquios Temáticos será necessário apresentar:
Título;
Grupo de pesquisa;
Nome, CPF ou Passaporte, filiação institucional, titulação e outros dados cadastrais e de contato (e-mail, telefone fixo e celular);
Ementa de até 15 linhas, fonte Times New Roman, tamanho 12, espaço simples.
Os Colóquios Temáticos aprovados serão divulgados pela coordenação do evento para o público interessado, cabendo aos coordenadores dos colóquios temáticos: a) receber inscrições de comunicações científicas, no período de 01/04/2009 a 31/05/2009; b) avaliar os trabalhos; c) remeter as propostas aprovadas para a coordenação do evento; d) coordenador as atividades do colóquio temático durante o evento.
A inscrição de trabalho será facultada:
A todo e qualquer pesquisador (a) atuante nas áreas da Educação, Ciências Humanas e/ou áreas afins, que estejam, preferencialmente, vinculados a programas de pós-graduação lato e stricto sensu e grupos de pesquisa.
Aos alunos que estejam vinculados a grupos de pesquisas e apresentem o trabalho em co-autoria com seu orientador(a).

Obs.: O valor da taxa de inscrição e a forma de pagamento para os participantes (ouvintes e apresentadores de comunicação científica) serão divulgados até o dia 31/03/09.

II ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDOS DA IMAGEM


II ENEIMAGEM se realizará entre os dias 12 e 14 de maio de 2009 nas dependências do Centro de Letras e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Londrina.o objetivo do evento é promover o encontro de pesquisadores que tenham como tema a Imagem e/ou a discussão da Representação da Imagem no Brasil e exterior, divulgando a produção científica a respeito e proporcionando o intercâmbio entre várias áreas de conhecimento.Como na vez anterior a proposta do evento está atrelada ao incentivo e desenvolvimento do conhecimento científico sobre os estudos da imagem no Brasil e, particularmente na região norte do Paraná, assim como no restante do Estado, fortalecendo os grupos de pesquisa já formados e estimulando a formação de outros. O Encontro deverá, novamente, apresentar êxito quanto ao seu caráter multidisciplinar, ao envolver pesquisadores das mais diversas áreas de conhecimento e instituições.

Confirmaram seus nomes como membros do conselho cientifico os seguintes doutores: Ana Mauad (UFF); Francisco Alambert (USP); Daniel Russo (Université de Borgnone); Darío Acevedo Carmona (Universidad de Nacional de Colombia); Laurent Vidal (Universidade Paris III); Rodrigo Patto Sá Mota (UFMG); Solange Lima Ferraz (Museu Paulista); José Rivair de Macedo (UFRGS); Ismênia de Lima Martins (UFF); Renata Senna Garrafoni (UFPR); Renato Luiz de Couto Neto e Lemos (UFRJ); Miriam Paula Manini (UNB); Carlos Roberto Nogueira (USP); Maria Luiza Andreza (UFPR); Adriana Zierer (UEMA); Arq. Artur Rozestraten (Centro Universitário Moura Lacerda); Thaís Nívia de Lima e Fonseca (UFMG); Ana Cristina Teodoro da Silva (UEM).

Mais informações em: http://www.uel.br/eventos/eneimagem/programa.htm

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Revistas/Chamada para artigos

- Fronteiras, revista catarinense de história (editada pela ANPUH-Seção SC), recebe artigos e resenhas para o dossiê ¿Campos da História" ate' 10/3/2009. Mais informações em http://www.anpuh-sc.org.br.

- A revista Brathair, do Grupo de Estudos Celtas e Germânicos, abre chamada de artigos, resenhas e traduções para o dossiê "Sagas islandesas". Os interessados devem enviar suas contribuições ate' 30/6/2009 para johnnilanger@yahoo.com.br (Prof. Johnni Langer, UFMA) ou alvabrag@uol.com.br (Prof. Álvaro Bragança Júnior, UFRJ). Detalhes da chamada: http://br.groups.yahoo.com/group/Celtas-Vikings/ e mais informações em http://www.brathair.com.

- A revista do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro abre chamada para artigos, entrevistas e resenhas de livro para sua próxima publicação, de tema livre desde que relacionado 'a cidade do Rio de Janeiro. Os trabalhos podem ser enviados a partir de 2/3/2009. Mais informações em http://www.rio.rj.gov.br/arquivo.

Novidades no acervo do Arquivo Edgard Leuenroth

O Arquivo Edgard Leuenroth - Centro de Pesquisa e Documentação Social da Unicamp - divulgou novidades no acervo em microfilmes. Alguns dos títulos recebidos foram: Africa - research collections on microfiche (1900-1972, com algumas publicações dos séculos XVIII e XIX); To the Cape of Good Hope - travel descriptions from South Africa (1711-1938); The Portuguese in Asia (1531-1926); Documentos diplomáticos e consulares dos Estados Unidos (1808-1849; 1906-1959); Latin American anarchist and labour periodicals (1880-1940); Early printed books on religion from Colonial Spanish America (1543-1800); The Mexican rare monograph collection (1548-1890); Ethics in the Early Modern Period (séculos XVI a XIX); Missionary Travels (séculos XVI a XIX); Abdullah Abdurahman Family Papers (1906-1962). Mais informações em http://www.ifch.unicamp.br/ael.

Eventos 2009

  1. XXV Simpósio Nacional de História/UFC

    Estão abertas as inscrições para ouvintes, para participação em mini-cursos (ate' 14/5), para apresentação de trabalhos nas categorias simpósios temáticos e pôsteres de iniciação científica (ate' 15/3) no XXV Simpósio Nacional de História: História e Ética, a ser realizado no período de 12 a 17/7/2009, na Universidade Federal do Ceará. Mais informações em http://www.snh2009.anpuh.org.
  2. XI Simpósio Nacional da História das Religiões/UFG

    O XI Simpósio Nacional da Associação Brasileira de História das Religiões (ABHR), de tema Sociabilidades religiosas: mitos, ritos e identidades, será realizado entre os dias 25 e 27/5/2009, na Universidade Federal de Goiás, campus II - Samambaia - Goiânia. Contatos com os organizadores já podem ser feitos através do e-mail: simposio@abhr.org.br. Mais informações em http://www.abhr.org.br.
  3. I Encontro Estadual de Estudos Medievais/UFRGS

    O Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e o GT de Estudos Medievais da ANPUH-RS convidam para o I Encontro Estadual de Estudos Medievais, a realizar-se no período de 26 a 29/5/2009. Inscrições se encontram abertas ate' 1/5/2009 para ouvintes e ate' 15/3/2009 para apresentadores de comunicações. Mais informações em http://www.gtestudosmedievais.ufrgs.br.
  4. VIII Encontro Cearense dos Historiadores da Educação/UFC

    O VIII Encontro Cearense dos Historiadores da Educação dirige-se principalmente a profissionais, pesquisadores e estudantes de graduação e pós-graduação em educação, história e geografia e professores da Rede Pública Municipal de Educação de Fortaleza. O evento será realizado entre 25 e 28/5/2009, na Universidade Federal do Ceará, campus de Benfica. Mais informações em http://hbn.multimeios.ufc.br/eche.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Revista Brasileira de Educação


Está disponível o mais novo número da Revista Brasileira de Educação, editado pela ANPEd e publicado pela Editora Autores Associados Ltda. Breve também disponível na Red ALyC – Red de Revistas Científicas de America Latina y el Caribe, España y Portugal, en Sciencias Sociales y Humanidades e SciELO – Scientific Electronic Library Online.
Breve no site do SciELO

32 Reunião da ANPED




Se você pretende apresentar trabalhos na 32ª Reunião Anual da ANPEd aqui vão as datas para participar do evento:
Inscrição de Textos/Propostas: 16 de Fevereiro até 18 de Março(Envio pelo Portal da ANPEd de trabalhos, pôsteres e minicursos, segundo as normas estabelecidas)
Divulgação do Resultado Final dos trabalhos, pôsteres e minicursos no Portal da ANPEd:24 de Junho
32ª Reunião Anual da ANPEd: 04 a 07 de Outubro
Local: Caxambu

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Seminário do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Sergipe


Programação

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Dia 27/04/2009

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14h às 17h – Credenciamento
19h – Solenidade de abertura
19h30min – Conferência de abertura: A Pesquisa em Educação
Conferencista
: Prof. Dr. Bernard Charlot (Paris VIII e Prof. Visitante da UFS)
Coordenação: Profa. Dra. Maria Helena Santana Cruz (UFS)
Local: Auditório da Reitoria da UFS


Dia 28/04/2009 – Mesa Redonda

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9h – “O Ensino e a Pesquisa em História da Educação
Palestrantes: Prof. Dr. Jorge Carvalho do Nascimento (UFS), Profa. Dra. Anamaria Gonçalves Bueno de Freitas (UFS), Prof. Dr. Itamar Freitas (UFS), Prof. Dr. Luiz Eduardo Oliveira (UFS)
Local: Auditório da Reitoria da UFS

9h – Mesa Redonda: “O Ensino e a Pesquisa em Educação do Campo
Palestrantes: Profª Drª Sônia Meire Santos Azevedo de Jesus (UFS), Profª Drª Silvana Aparecida Bretas (UFS), Profª Drª Roseli Salete Caldart (MST Nacional), Profª Drª Celi Nelza Zulke Taffarel (UFBA)
Local: Auditório Da PROSGRAP

9h – “A Pesquisa em Filosofia da Educação
Palestrantes: Prof. Dr. Edmilson Menezes (UFS), Profa. Dra. Ronalda Barreto Silva (UNEB). Profa. Dra. Sônia Barreto Freire (UFS)
Local: Auditório do CECH da UFS

Educação e Inclusão


Coordenadores: Profa. Dra. Verônica dos Reis Mariano Souza (DED/UFS), Profa. Dra. Iara Maria Campelo Lima (DED/UFS)

Formação Docente
Coordenadores: Profa. Dra. Silvana Aparecida Bretãs (DED/UFS), Profa. Dra. Maria José Nascimento (DED/UFS), Prof. Dr. Paulo Heimar Souto (DED/UFS)

Movimentos Sociais, Trabalho e Educação


Coordenadores: Profa. Dra. Sônia Meire Santos Azevedo de Jesus (DED/UFS), Profa. Dra. Solange Lacks (DED/UFS)

Saberes da Prática Docente
Coordenadores: Profa. Dra. Veleida Anahí da Silva (DED/UFS), Profa. Dra. Ana Maria Freitas Teixeira (DED/UFS)

História, Historiografia, Impressos e Instituições
Coordenadores: Profa. Dra. Anamaria Gonçalves Bueno de Freitas (DED/UFS), Prof. Dr. Jorge Carvalho do Nascimento (DHI/UFS)

Políticas Públicas para a Infância


Coordenadores: Profa. Dra. Maria Cristina Martins (DED/UFS), Profa. Dra. Iolanda Dantas Oliveira (DED/UFS)

Livro Didático e História das Disciplinas Escolares
Coordenadores: Prof. Dr. Itamar Freitas (DED/UFS), Profa. Dra. Eva Maria Siqueira Alves (DED/UFS), Prof. Dr. Luiz Eduardo Oliveira (DLE/UFS)

Tecnologias da Informação e da Comunicação


Coordenadores: Prof. Dr. Florisvaldo Silva Rocha (DED/UFS), Prof. Dr. Henrique Nou Schneider (DIN/UFS), Profa. Dra. Maria Neide Sobral (DED/UFS)

Gênero e Educação
Coordenador: Profa. Dra. Maria Helena Santana Cruz (NPGED/DSS/UFS)

Fundamentos da Educação
Coordenador :Prof. Dr. Edmilson Menezes (DFL/UFS)

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Dia 29/04/2009 – Mesa Redonda

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9h – “As Tecnologia da Comunicação e da Informação – novos desafios para o educador”
Palestrantes: Prof. Dr. Henrique Nou Schneider (UFS), Prof. Dr. Ronaldo Linhares (UNIT), Prof. Dr. Luis Paulo Leopoldo Mercado (UFAL), Profa. Dra. Maria Neide Sobral (UFS)
Local: Auditório da Reitoria da UFS

9h – “Saberes docentes, Saberes dos alunos, Saberes universitários acerca do Ensino de Ciências e Matemática


Palestrantes: Profa. Dra. Veleida Anahí da Silva (UFS), Profa. Dra. Ivanete Batista (UFS), Profa. Dra. Rita Mariani (UFS), Profa. Dra. Divanísia Nascimento Souza (UFS)
Local: Auditório do CECH da UFS

9h – Mesa Redonda: “ Inclusão no ensino superior”
Palestrantes: Profª Drª Therezinha Guimarães Miranda (UFBA), Profª Drª Verônica dos Reis Mariano Souza (UFS), Prof. Dr. Jonatas Silva Menezes (UFS)
Local: Auditório Da PROSGRAP


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Dia 30/04/2009 – Mesa Redonda

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9h – “Questões do mundo do trabalho, juventude e outros autores
Palestrantes: Profa Dra. Maria Helena Santana Cruz (UFS), Profa Dra. Maria Lúcia Machado Aranha (UFS), Profa. Dra. Ana Maria Freitas Teixeira (UFS)
Local: Auditório da Reitoria da UFS

9h – “Educação, Política e Cidadania”


Palestrantes: Prof. Dr. Manoel Carlos Cavalcante de Mendonça Filho (UFS), Prof. Dr. Paulo Sérgio da Costa Neves (UFS), Prof. Dr. Wilson Alves Senne (UFBA)
Local: Auditório do CECH da UFS

14h – “A formação do educador-pesquisador"
Palestrantes: Prof. Dr. Miguel André Berger (UFS), Profa Dra. Eva Maria Siqueira Alves (UFS), Profa. Dra. Ester Fraga Villas-Boas Carvalho do Nascimento (UNIT), Profa. Dra. Solange Lacks (UFS), Profa. Dra. Silvana Aparecida Bretãs (UFS)
Local: Auditório da Reitoria da UFS

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Período de Inscrição

Com apresentação de trabalho:

10 de dezembro de 2008 a 27 de fevereiro de 2009

Sem apresentação de trabalho:

10 de dezembro de 2008 a 10 de abril de 2009

Divulgação dos trabalhos aprovados pela Comissão Científica:

20 de março de 2009.

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Valores das Inscrições

Público Alvo

Valor (R$)

alunos de graduação

R$ 40,00 (quarenta reais)

alunos da pós graduação

R$ 60,00 (sessenta reais)

Profissionais

R$ 80,00 (oitenta reais)

Maiores informações pelo telefone (79) 21056823.

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Inscrição a partir de 2 de fevereiro de 2009, no horário das 14 à 17 horas.

Mais informações em: http://www.ufs.br/eventos/npged/index.html

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Transformes 2 Trailler

Inês de Castro - A rainha morta IV VINGANÇA (História Viva)

De volta, Pedro ficou louco de dor e, movido pela raiva, levantou um exército contra seu pai. O rei revidou. O confronto só terminou com a intervenção da rainha-mãe, dona Beatriz, que propôs e conseguiu que ambos aderissem a um tratado de paz em agosto de 1355. Mesmo assim, o príncipe parecia inconsolável.
Dois anos mais tarde, em 1357, d. Afonso IV morreu. Pedro subiu ao trono de Portugal e seu primeiro ato foi mandar procurar os assassinos de Inês de Castro, refugiados em Castela. Conseguiu que aquele reino lhe entregasse dois culpados, Pedro Coelho e Álvaro Gonçalves. Diogo Lopes Pacheco conseguiu fugir. O novo rei escolheu uma morte particularmente cruel para os homens que destruíram seu objeto de amor. Mandou que lhes arrancassem o coração: de um, pelo peito, e do outro, pelas costas.
A paixão de Pedro e a reparação do mal feito à amante tornaram-se obsessões do agora soberano. Em 1360, ele jurou que havia se casado em segredo com Inês de Castro, o que fazia dela rainha, merecedora de todas as honras. Em abril de 1360, o corpo de Inês foi transferido solenemente do convento de Coimbra para o mosteiro Real de Alcobaça, onde eram enterrados os monarcas portugueses.
Eis um depoimento da época: “Dom Pedro mandou que fizessem para ela um mausoléu de pedra branca, inteira e sutilmente trabalhado, representando, sobre a tampa, sua cabeça coroada como se ela houvesse sido rainha; e foi esse mausoléu que ele mandou colocar em Alcobaça [...]. O corpo viajou em um ótimo cortejo para a época, desses em que há grandes cavalos montados por grandes cavaleiros, damas e donzelas e muita gente do clero; e ao longo do caminho havia mais de mil homens com círios nas mãos, dispostos de maneira que seu corpo seguiu durante todo o caminho entre as velas acesas”.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

ENTREVISTA DE PETER BURKE AO GLOBO UNIVERSIDADE


Um dos historiadores britânicos mais produtivos da atualidade, Peter Burke tem uma vasta obra dedicada ao estudo da Idade Moderna européia e da História Social e Cultural. Professor emérito da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, tem uma ligação especial com o Brasil: além de ser casado com a historiadora brasileira Maria Lucia Garcia Palhares-Burke, sua parceira também na academia, ele passou um ano em São Paulo (1994-95) como professor visitante do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP). Em passagem pelo Rio de Janeiro, onde esteve para participar do Seminário Comunicação e História, realizado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com o apoio do Globo Universidade, Burke concedeu entrevista exclusiva ao site, na qual discorreu sobre sua obra, sobre os caminhos que a escrita da História vem tomando na última década, além das novas possibilidades de estudo na área. Para ele, a História tem papel fundamental para a compreensão do mundo contemporâneo.
Globo Universidade – Nos anos 1990, você escreveu que não havia mais um consenso sobre o que consistia uma boa explicação histórica. Algo mudou desde então?
Peter Burke – Há menos consenso agora do que antes.
GU – Em que sentido?
PB – Se você escreve para públicos diferentes, pode precisar de explicações diferentes. Por exemplo, se você escreve sobre a Revolução Francesa para os franceses, é uma coisa; se escreve para estrangeiros, é preciso dizer algo diferente. Porque variáveis diferentes entram em consideração. Quando eu estava na escola, tinha um livro que dizia que havia 14 causas para a Revolução Francesa. Hoje em dia, as pessoas riem quando falo disso. Isso mostra que há um consenso de que não há consenso.
GU – Isso seria como uma história sob medida?
PB – Sim, não no sentido individual, mas para um grande grupo de leitores. E é claro que isso não significa que não tentamos verificar as explicações, e sim que nós historiadores nunca nos detemos; há sempre a possibilidade de haver mais explicações, e a ênfase é diferente de acordo com quem escuta ou lê.
GU – Então depende do público, mas também é uma questão teórica...
PB – Exato. Porque a idéia é que não há uma explicação objetiva, única e fixa. Simplesmente tentamos entender tanto quanto possível.
GU – Na sua carreira você abraçou as idéias da École des Annales. Qual a relevância desse grupo de pensamento hoje?
PB – Até o início dos anos 1990, eu achava que a École ainda tinha uma certa unidade e ainda era um grupo mais empolgante, individualmente falando, fazendo a história mais inovadora. Mas, cada vez mais, ela vem sendo desafiada por historiadores que trabalham em outros países, não somente nos EUA, mas também na Índia, entre outros lugares. Então, agora tenho uma idéia mais policêntrica. Ainda há boa história sendo feita na França, parte dela ainda feita pela École des Annales, mas, curiosamente, no campo que mais me interessa, a história da cultura, algumas das mais interessantes iniciativas francesas vêm de fora desse grupo. São os especialistas em século XX que mais trabalham no que chamam de História Cultural. Há 20 anos isso não era uma especialidade francesa, havia História das Mentalidades, História do Imaginário Social, talvez só Roger Chartier falasse em História Cultural, mas agora há um grupo inteiro envolvido nisso. E até fundaram uma sociedade para estudar a História Cultural na França. É um exemplo interessante de inovação: aqui temos algo inovador que começou dentro da Annales há 30 anos, mas agora está fora dela.
GU – Em que sentido esse movimento se coloca à parte da École des Annales? Quais as distinções mais importantes que você destacaria?
PB – Definitivamente a nova História Cultural não é mais uma novidade nos Estados Unidos, não há um quartel-general, ela é feita em Princeton, Berkeley, lugares diferentes, e isso é importante. E há exemplos notáveis fora da Europa, como na Índia, especialmente em Délhi e Calcutá com a Subaltern School. Porque 20 anos atrás eu jamais imaginaria o impacto internacional que historiadores indianos teriam, especialmente na América Latina. E há agora grupos semelhantes no México e até na Irlanda. Por isso, a École des Annales perdeu o domínio. Não acho que ela tenha parado completamente de inovar, mas foi um grande golpe quando o historiador mais original que seguia a linha dela na geração recente, Bernard Lepetit, morreu num acidente de carro anos atrás. Depois de Chartier, ele ofereceu algo interessante e novo, mas agora acho muito difícil identificar no grupo da Annales alguém com menos de 60 anos de idade que esteja fazendo algo diferente dos mais velhos. Não consigo ver nenhuma voz realmente original.
GU – Você acha que uma possível nova trilha para a história está numa conexão com pesquisas nas ciências naturais, especialmente com a neurologia? Pergunto isso porque uma das fundações filosóficas da Nova História é a idéia do relativismo cultural e hoje pesquisas neurológicas trazem de volta à esfera pública um discurso sobre o homem e a natureza humana, como sendo algo imutável... Você vê alguma influência desse tipo de pesquisa?
PB – Tende a ficar complicado se o estudo da mudança tiver de lidar com o totalmente imutável. Os historiadores não dizem saber tudo sobre os seres humanos, e por isso há um lugar para os neurologistas, mas quanto mais funcionarem as explicações diretas, menor será o espaço para o historiador. Há historiadores interessados em neurologia, mas eles não estão escrevendo Psico-história ou História Social. No meu ponto de vista, se há uma área em que vamos ver muito mais colaboração com essas ciências é na História do Meio Ambiente. Já começamos a ver isso porque só é possível estudar o meio ambiente de forma interdisciplinar, e isso inclui as ciências puras, mas elas aceitam a mudança. A geologia é um caso clássico de ciência pura para a qual a mudança é essencial. Então, aí está algo com que o historiador pode lidar. Este seria o campo em que a colaboração entre as ciências seria mais provável no futuro.
GU – Você dedicou muito tempo e energia tanto ao estudo da História Cultural quanto da História Social. Em que sentido crê que elas nos ajudam a entender o mundo em que vivemos?
PB – Todos os tipos de História nos ajudam a entender o mundo em que vivemos. Em primeiro lugar, nos ajuda a entender que os eventos que estão acontecendo agora são parcialmente produzidos por tendências de longo prazo, por isso temos que situar tudo que acontece, entre outras coisas, entre perspectivas de longo prazo, e poucas pessoas aceitam que os historiadores estão tentando fazer isso — na História Política, na História Econômica, e não somente na História Cultural ou Social. Mas é claro que, numa época em que há tantos conflitos culturais e tanta preocupação com a identidade cultural, realmente parece que há uma necessidade maior do que a habitual de historiadores culturais, a fim de explicar o que está acontecendo, por exemplo, por que há movimentos tentando separar uma região para transformá-la em uma nação. Então, aqui precisamos de uma História Cultural do presente ou do passado mais imediato para nos orientarmos e sabermos quantos desses movimentos são uma reação à globalização, se há pessoas sentindo que suas identidades estão sendo perdidas e que por isso recorram a protestos, algumas vezes protestos violentos como na Sérvia. Porque os sérvios, por exemplo, evocam mitos do passado e rapidamente falam do século XIV quando falam de sua identidade, citando Kosovo, que agora é uma área de maioria albanesa, algo que eles não conseguem aceitar. Então é útil ter um historiador que possa entrar em cena e explicar às pessoas por que elas estão tão ansiosas, por que aquilo lhes causa tanta apreensão, por que elas estão tão violentas.
GU – Falando de conflitos, você acha que os ataques do 11 de Setembro e a guerra ao terror mudaram o foco de micro-história para a macro-história ou criaram uma nova demanda para grandes narrativas que expliquem o Ocidente, o Oriente e o suposto choque entre os dois?
PB – Não notei nenhuma tendência recente tão intimamente conectada a qualquer um desses incidentes. De qualquer modo, não creio que os micro-historiadores alguma vez tenham desejado verem-se totalmente como substitutos para os macro-historiadores. Há ceticismo sobre grandes narrativas correntes. A maioria dos micro-historiadores concordaria comigo que temos de entender tanto a micro quanto a macro, e que a área mais interessante de pesquisa é as ligações entre as duas. No caso do 11 de Setembro seria necessário fazer um estudo do meio de onde provém Bin Laden e até das áreas particulares de Nova York que foram atacadas e também tentar colocar o incidente num contexto macro. Do ponto de vista histórico, me parece que o mais espetacular exemplo de algo que tem sido visto nos últimos 150 anos é o ataque terrorista no sentido literal, em que o objetivo não é matar pessoas, mas causar terror. Era nisso que os anarquistas na Rússia e na Alemanha na metade do século XIX estavam pensando. Há um livro chamado A filosofia da bomba, que era uma estratégia consciente de realizar atos espetaculares de violência que eram em essência feitos pensando na mídia. Esses atos eram traduzidos pela mídia em termos que causavam uma impressão e levariam a uma mudança de atitudes, tornando possível a derrubada de governos e a adoção de uma república anarquista ou algo semelhante. Então, acho que esses grupos árabes incorporaram para seus objetivos esse conjunto de técnicas em que os anarquistas russos e alemães foram pioneiros já há algum tempo. É a política como teatro; é claro que há outros tipos de política como teatro, mas este é o teatro da violência, que talvez seja o mais espetacular de todos.
GU – Você disse que todos os tipos de história nos ajudam a entender o mundo atual. Eric Hobsbawm afirmou certa vez que o historiador é o “lembrador” profissional do que as pessoas gostariam de esquecer. Como especialista em história moderna, que lições você acha que ela tem a nos dar neste início de século XXI?
PB – Quando se estuda o passado, como o antropólogo estuda outras culturas, desenvolve-se uma sensibilidade à diversidade humana. Um dos problemas hoje é que a maioria dos líderes políticos não percebe o quão diferente as pessoas pensam e se comportam em outras culturas. Isso na política externa é um desastre, e quando um país é multicultural, é também um desastre na política doméstica. Então, é preciso desenvolver esta sensibilidade ao fato de que nem todos no mundo pensam como nós ou compartilham os nossos valores, a fim de orientar as ações políticas. É essa sensibilidade, mais do que qualquer coisa que se possa resumir em algumas frases, o que podemos aprender com a história moderna.
GU – Você escreveu um livro sobre língua e comunidade na Idade Moderna. Hoje em dia, dezenas de línguas são extintas a cada ano. Como isso afeta a escrita da história?
PB – Não muito, porque a maioria dos historiadores nunca nem ouviu falar da maior parte das línguas que estão morrendo, mas assim mesmo é uma perda cultural. Uma língua expressa uma visão do mundo e, com cada língua que desaparece, perdemos um jeito humano de olhar para o mundo representado naquele idioma. É muito triste, mas não acho que vá afetar muito a maneira de escrever a história porque, das seis mil línguas que existem atualmente, apenas 200 ou 300 são faladas por muitas pessoas.
GU – Você falou sobre a importância da história para entendermos o presente. Você poderia desenvolver um pouco mais essa ideia?
PB – Ela nos ajuda a entender algumas coisas e a começarmos a entender outras. É por isso que é importante reescrever a história a cada geração. Cada geração, vivendo os problemas do presente, começa a interrogar o passado sobre essas questões. Mas uma coisa é usar o presente para formular as perguntas, no entanto, é preciso deixar o passado dar suas próprias respostas.
GU – Sempre há uma linha tênue para que o historiador não encontre apenas o que originalmente saiu para buscar...
PB – Exatamente, há sempre o risco do anacronismo. Embora eu acredite que haja — e isso pode ser uma heresia — um papel instrutivo para o anacronismo, porque é preciso fazer comparações com o presente para que possamos entender o passado. É preciso ficar lembrando as pessoas de que o passado não é como o presente, para que elas entendam por que aquelas pessoas agiam da forma que agiam, e às vezes fazer um paralelo com algum movimento moderno. Mas isso é apenas um estratagema de tornar as coisas mais fáceis de entender, porque depois de uma geração os anacronismos saem de moda. Quando eu era estudante, as pessoas gostavam de fazer comparações entre os calvinistas e os comunistas porque eram grupos bem organizados com uma missão bem clara no mundo. É claro que hoje não adianta fazer isso com os estudantes porque ninguém sabe mais onde estão os comunistas. É preciso achar um novo paralelo e, aceito isso, você (como historiador) entende que não está escrevendo para um futuro distante, mas sim tentando explicar as questões às pessoas de sua própria sociedade, e vai pagar o preço de ficar obsoleto, mas, de qualquer maneira, (escrever a história) é um empreendimento coletivo, levado adiante através das gerações. É um grande erro achar que você está escrevendo algo para ser lido para sempre.
GU – Você vê as distinções culturais como mais importantes em afastar as pessoas do que as políticas econômicas, assinando embaixo da idéia de choque de civilizações... *
PB – Sim, mas não de forma extrema. Não digo que as diferenças culturais são tudo o que importa, mas que elas são importantes e que se não conseguirmos entendê-las, não conseguiremos entender o mundo em que vivemos. E não acredito que esses choques sejam inevitáveis, como Samuel Huntington acha. Não acho que haja unidade nem na civilização ocidental nem na islâmica. São grupos diferentes com interpretações diferentes do Islã ou do cristianismo, ou da democracia ocidental. Definitivamente não vejo uma luta única entre duas civilizações e, acima de tudo, não vejo uma luta em que uma delas represente o bem e a outra o mal, que parece ser a forma como George W. Bush pensa.
GU – Mas com o desenvolvimento da tecnologia e a aldeia global se tornando uma realidade cada vez maior, não é um paradoxo que estejamos nos afastando culturalmente em vez de nos aproximarmos?
PB – Sim, é um paradoxo, mas a tecnologia pode mudar isso de maneira assustadoramente rápida; as instituições humanas mudam mais lentamente. Mentalidades, certezas, atitudes, isso tudo muda muito devagar. Nós aprendemos nossos valores fundamentais quando somos muito pequenos, e é muito difícil abrir mão deles. Isso significa que há muita gente viva agora que formou seus valores 40, 50, 60, 70 anos atrás e algumas delas ainda estão no poder. Não se pode esperar que as conseqüências da revolução da comunicação da aldeia global façam efeito total até que todos no planeta tenham nascido na era da internet. Vai levar algum tempo ainda para isso acontecer.
GU – Você escreveu sobre a possível importância e utilidade de algumas reflexões da literatura do século XX para a escrita da história, e também citou o livro de Richard Price, Alabi’s World, como bom uso de algumas inovações literárias nesse sentido. Você vê os historiadores lançando mão hoje de um tipo de escrita que não está mais dentro daquele modelo realista do século XIX, algum tipo de influência da literatura modernista?
PB – Há uma revista histórica relativamente nova chamada Rethinking History, que é especialmente dedicada a novas tentativas de narrar de diferentes formas e eles têm dado contribuições interessantes. Existe um movimento, e ainda é relativamente pequeno. E talvez seja uma coincidência que o livro que você mencionou, Alabi’s World, de Richard Price, não tenha sido escrito por um historiador. É um trabalho de história de alguém treinado na antropologia. Pode ser uma coincidência, ou pode ser apenas que os antropólogos têm estado abertos há mais tempo do que os historiadores à idéia do experimento narrativo. Acho que vamos ver mais disso nos próximos anos. Mas o crucial não é escrever de um jeito novo porque alguns romancistas têm feito isso, mas porque isso está nos ajudando a fazer o que já queremos ou tentamos fazer. O ponto de vista múltiplo é absolutamente crucial, porque os historiadores costumam narrar de um ponto de vista relativamente fixo e agora percebemos que não se podem tornar os conflitos inteligíveis a menos que se tornem inteligíveis as visões de ambos os lados do conflito. E isso envolve mais de dois lados porque, em cada conflito, cada lado está por sua vez subdividido em outros, como no caso clássico da Guerra Civil Espanhola, em que anarquistas e comunistas (no lado republicano) se enfrentaram numa guerra civil dentro da guerra civil. É por isso que é bom para os historiadores lerem Mikhail Bakhtin falar de polifonia e pensarem sobre diálogo, ou lerem romances como Contraponto, de Aldous Huxley, ou O som e a fúria, de William Faulkner, que deliberadamente usam múltiplas vozes. E também, é claro, estudar peças. Uma das experiências mais interessantes na narrativa histórica nos últimos 10, 20 anos é a mistura de macro e micro narrativa na mesma história. Isso é o melhor aspecto do olhar de Simon Shama em seu livro Cidadãos, sobre a Revolução Francesa. Ele às vezes pega uma pessoa não muito importante e a usa para mostrar como foi a experiência de passar pela Revolução Francesa. Há outro talentoso historiador, Orlando Figes, que fez o mesmo com a Revolução Russa, misturando pessoas importantes como Lênin e Trotsky, com pessoas mais ou menos típicas que não tiveram muita interferência pessoal no processo.
GU – A que ponto você acha que se pode traçar uma linha hoje entre escrita histórica e escrita ficcional, e essa linha repousa sobre idéias do que é realidade ou não?
PB – É difícil traçar uma linha, não tanto porque historiadores estejam esquecendo de verificar suas afirmativas, mas porque os romancistas históricos não mais estão interessados em fazer pesquisa histórica. Então, a diferença é que quando não se pode encontrar prova de algo, os historiadores ou se calam ou dizem “agora tenho de especular”, enquanto o romancista se permite seguir adiante porque, afinal de contas, ele não reivindica estar escrevendo a história. Mas mesmo assim aprendo muita coisa sobre o passado lendo alguns romances históricos.
GU – Como a internet está afetando a escrita da história?
PB – Mais obviamente quando se trata de checar pequenas informações que são relativamente bem conhecidas. Você está escrevendo um capítulo e não se lembra quando Charles Dickens nasceu. Em vez de levantar e pegar um livro, corto 50% do tempo usando o Google, e esse tipo de coisa é relativamente confiável. A Wikipédia é um empreendimento muito interessante porque ela não somente está colocando toda a informação na internet, mas é também um empreendimento coletivo de escrita de enciclopédias, e acho que isso é algo único na história das enciclopédias, e que qualquer um que queira pode participar. É claro que isso gera problemas, porque há colaboradores que não sabem tanto de história, ou usam as fontes de modo acrítico, ou têm preconceitos fortes — coisas que também acontecem nos livros — mas eles estão se organizando para cuidar desses problemas: abre-se um verbete e há avisos sobre a necessidade de se rever alguns pontos do artigo, ou de se fornecer referências para uma afirmação. Eles estão se tornando mais acadêmicos. De qualquer modo, a internet hoje é útil para checar informações, pois ainda é ínfimo o porcentual de fontes históricas disponíveis online. Esse é um trabalho que vai levar tempo. Eu costumava trabalhar com os arquivos italianos. Em apenas uma cidade da Itália, Veneza, há quilômetros de artigos sobre o século XVII. Quem tem tempo e dinheiro para pôr isso na internet? E quanto tempo vai levar? Por outro lado, há iniciativas muito interessantes. Acabei de escrever com minha mulher (a historiadora brasileira Maria Lúcia Garcia Palhares-Burke) um livro sobre Gilberto Freyre, e encontramos boa parte da correspondência dele num site organizado por seu neto.
GU – E qual sua próxima pesquisa?
PB – Terminamos de revisar no meio do ano o livro sobre Gilberto Freyre, que deve ser lançado nos EUA e na Inglaterra em 2009. Tenho duas ou três idéias sobre o que fazer depois, mas o mais provável é que eu escreva uma atualização de História Social do conhecimento. Eu terminei o livro no meio do século XVIII e depois pensei que isso era um pouco de covardia. Eu me interessei pelo tema porque vivemos numa sociedade do conhecimento, então por que parar tanto tempo atrás? Estou pensando num segundo volume, em vez de De Gutemberg a Diderot, Da Enciclopédia à Wikipedia, algo do gênero.

*Teoria que tem entre seus maiores defensores o cientista político Samuel Huntington e segundo a qual as diferenças culturais e religiosas entre os povos se sobrepõem aos interesses econômicos e políticos na origem de novos conflitos no mundo pós-Guerra Fria

Produção bibliográfica editada no Brasil:
A escrita da história: novas perspectivas. São Paulo: Unesp, 1995.
Cultura popular na Idade Moderna: Europa, 1500-1800. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
Roy Porter. Línguas e jargões: contribuições para uma história social da linguagem. São Paulo: Unesp, 1996.
Alvaro Hattnher. As fortunas do cortesão: a recepção européia ao cortesão de Castiglione. São Paulo: Unesp, 1997.
Roy Porter; Alvaro Hattnher. História social da linguagem. São Paulo: Unesp, 1997.
Nilo Odalia. A escola dos Annales (1929-1989): a revolução francesa da historiografia. São Paulo: Unesp, 1998.
Alda Porto. Variedades de história cultural. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.História e teoria social. São Paulo: Unesp, 2002.
Leila Souza Mendes. Hibridismo cultural. São Leopoldo: Unisino, 2003.
Uma historia social do conhecimento: de Gutenberg a Diderot. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.
Asa Briggs; Maria Carmelita Pádua Dias; Paulo Vaz. Uma história social da mídia: de Gutenberg à Internet. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.
O que é história cultural?. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2005.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Inês de Castro - A rainha morta III (HIstória Viva)


Consta que ele a visitava a alguns passos de seu palácio, na Fonte dos Amores. O local ficava ao abrigo do sol e possuía uma parede coberta de hera, aberta em dois arcos, propícia para o romance e a troca de confidências. A famosa fonte continua hoje a jorrar na quinta das Lágrimas, onde funciona um hotel. Assim, historiadores e turistas podem conhecer o local do mítico romance (ver mais em História Viva nº 54).
O relacionamento amoroso aproximou Pedro de dois irmãos de Inês, Álvaro e Fernando de Castro. Eles viram na situação a oportunidade de obter o apoio de Portugal na luta que travavam contra o rei de Castela. Por isso, ofereceram ao infante o trono do reino vizinho.
A situação irritou d. Afonso IV. A ligação de Pedro com os Castro trazia o risco de aborrecer Castela, o que ameaçava a independência de Portugal. O rei também temia que os Castro agissem contra o herdeiro legítimo do trono, seu neto d. Fernando, filho de Pedro e Constança, para levar ao poder um dos bastardos.
Dom Afonso foi convencido por três de seus conselheiros – Pedro Coelho, Álvaro Gonçalves e Diogo Lopes Pacheco – de que somente a morte de Inês poderia afastar tantos riscos políticos. Em 7 de janeiro de 1355, os três asseclas do rei partiram para Coimbra e encontraram Inês sozinha, pois Pedro havia saído para caçar. Eles a degolaram impiedosamente, e seu corpo foi enterrado às pressas na igreja de Santa Clara.

Foto: Tumbas de Inês de Castro e Pedro I, esculturas em pedra, escola portuguesa, Século XIV, Santa Maria de Alcobaça, Estremadura

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Livro. Um Roteiro Histórico Educacional na Cidade de João Pessoa


A cidade de João Pessoa possui um riquíssimo patrimônio arquitetônico e histórico-Cultural. Constituindo-se uma das cidades mais antigas do Brasil, apresenta ainda preservados exemplares arquitetônicos de diversos momentos de nossa história. Assim, na organização espacial da cidade, encontram-se importantes vestigios da nossa história social e cultural, tais como: teatros, praças, coretos, cinemas e, particularmente, escolas, muitas escolas. O grupo de pesquisa do qual faço parte se dedica a estudar a história da educação paraibana e abrindo um novo arco a intenção e ajudar na preservação deste valioso patrimônio. Estes monumentos precisam ser olhados, contemplados, visitados e explorados, tanto como fonte para a História da Educação quanto como recursos de aprendizagem. A arquitetura (monumento), a localização (goeografia), e sua função social são alguns dos aspectos que guardam a memória e pedaços da história de uma determinada época, uma vez que foram neles que se processaram as mais variadas formas de se ensinar e de se aprender, de transmitir cultura nos seus aspectos mais gerais como a de produzir culturas escolares e educacionais que re-significaram e difundiram saberes e conhecimentos. Esta reflexão faz parte do livro que acaba de ser lançado pelo Prof. Dr. Antonio Carlos Ferreira Pinheiro na direção de apresentar mais um pouco da historia da educação paraibana. O livro é um roteiro da Historia educacional a partir de monumentos que foram construídos, adptados ou simplesmente utilizados para as atividades de carater educaional público e privado na cidade de João Pessoa.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Inês de Castro - A rainha morta (História Viva) Parte II

A Fonte dos Amores, onde os amantes trocavam confidências, hoje é ponto turístico de Coimbra


Pedro não queria, mas se submeteu ao casamento. Constança lhe deu um herdeiro e outros dois filhos. Quanto ao amor, o príncipe foi buscá-lo em outra mulher, logo a dama de companhia de sua esposa. O nome dela era Inês de Castro, jovem de grande beleza, descrita como loura e elegante. Por esses atributos, era chamada de “colo de garça”.
A paixão do príncipe foi correspondida. Mas o nada discreto caso de amor incomodou a Corte. “O escândalo tomou tais proporções que a esposa, d. Constança, decidiu chamar Inês para ser a madrinha da criança que estava esperando, já que esse tipo de parentesco espiritual tornava impossível a união que se esboçava, mais intensa a cada dia”, escreveu a historiadora portuguesa Maria Zulmira Furtado Marques, em A tragédia de Pedro e Inês.
Como os amantes seguiam com o romance adúltero, o pai do infante, o rei Afonso IV, ordenou o afastamento de Inês. Ela deixou o país e se exilou em Albuquerque, em Castela. Mesmo separados, Pedro e Inês continuaram a trocar cartas inflamadas.
Em 1345, Constança morreu num parto, e o príncipe se viu liberto das amarras do casamento de conveniência aos 24 anos de idade. Logo trouxe de volta sua amante para Coimbra, instalando-a em um palácio perto do mosteiro de Santa Clara, que podia ser avistado de seu quarto.
Em 1347, Inês deu à luz ao primeiro de quatro filhos com o infante. Mas o povo comentava e condenava o adultério, enquanto a peste negra, considerada sinal da cólera de Deus, chegava à região. Indiferentes a tudo, Pedro e Inês viviam seu grande amor.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

XI Congresso Iberoamericano de História da Educação Latino Americana

Entre os dias 16 a 19 de novembro de 2009 na cidade do Rio de Janeiro.

NORMAS PARA APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS:

a) Cada autor só poderá apresentar até 2 (duas) propostas de trabalho, para o conjunto das modalidades, seja individualmente ou em co-autoria;


b) Trabalhos em co-autoria devem possuir o número máximo de 3 (três) autores, em qualquer das modalidades;


c) Trabalhos com autoria exclusiva de alunos de graduação só serão aceitos na categoria de pôsteres;


d) Os painéis serão compostos por um mínimo de 3 (três) e um máximo de 6 (seis) trabalhos, que podem ser individuais ou em co-autoria;


e) As propostas de painéis devem incluir participantes de, no mínimo, 3 (três) países diferentes;


f) No formulário de inscrição, deve ser indicado o eixo temático para o qual está sendo feita a proposta, em qualquer das modalidades;


g) Os trabalhos completos serão publicados em CD-Rom, a ser entregue juntamente com o material do congresso, desde que todos os co-autores tenham pago sua inscrições até o dia 31-8-2009;


h) Só serão apresentados no evento os trabalhos cujos autores e co-autores tiverem efetuado o pagamento da inscrição até o dia 31-8-2009;


i) Em caso de ausência do(s) autor(es), não será admitida a apresentação do trabalho por pessoa externa à sua produção, o que interdita a entrega de qualquer certificado.

FORMATO DAS COMUNICAÇÕES, PÔSTERES E PAINÉIS

Formato do resumo:



Texto sem parágrafos, com um mínimo de 600 e máximo de 800 palavras, sem identificação de autoria nem referências bibliográficas, com o título em maiúsculas, fonte 12, Times New Roman, formato justificado, espaço entre linhas 1,5. A proposta deve apresentar, de forma clara, os objetivos, metodologia (incluindo as fontes utilizadas) e conclusões do trabalho. Após o texto do resumo, devem ser indicadas três palavras-chave.

Formato do texto completo:



Os autores dos trabalhos cujos resumos forem aceitos deverão encaminhar texto completo dos mesmos até o dia 31 de agosto de 2009, com as seguintes características: título em maiúsculas e negrito, seguido do(s) nome(s) completo(s) do(s) autor(es), identificação institucional (Universidade ou instituição de ensino e/ou pesquisa), e-mail do(s) autor(es), três palavras-chave, máximo de 15 páginas, em forma de artigo, com objetivos, metodologia, a problemática anunciada devidamente desenvolvida, considerações finais e referências bibliográficas. O texto deve ser digitado em formato A4, fonte Times New Roman, letra tamanho 12, espaço simples, justificado em ambas as margens. As citações a partir de 4 linhas devem conter espaço simples, recuo à esquerda de 4 centímetros e fonte 11, em itálico sem aspas. As notas devem estar no final do texto. Os autores devem observar as normas ABNT em vigor quanto a referências bibliográficas.


FORMATO DOS MINI-CURSOS



Formato do resumo das propostas



A proposta de mini-curso deve ser apresentada em duas páginas, sob a forma de tópicos, na seguinte ordem: Apresentação do Tema, Objetivos, Síntese das Aulas, Metodologia, Bibliografia.

Formato dos textos completos



Devem seguir a mesma estrutura do resumo, com maior detalhamento dos itens, até o tamanho máximo de 8 (oito) páginas.

Mais informações em: http://schhe.blogspot.com/2009_01_01_archive.html