domingo, 19 de dezembro de 2010

ANPUH 50 ANOS: Comemorações


XXVI SIMPÓSIO NACIONAL HISTÓRIA

ANPUH 50 anos
São Paulo, 17 a 22 de julho de 2011.
Universidade de São Paulo (USP)
Cidade Universitária

Em 1961, em reunião na cidade de Marília, foi criada a ANPUH - Associação Nacional dos Professores Universitários de História, hoje transformada na Associação Nacional de História, pois a entidade se abriu para a filiação de todos os profissionais de história, inclusive aqueles que atuam no ensino fundamental e médio, e nas instituições voltadas ao patrimônio histórico. Esta entidade, portanto, está completando no ano de 2011, 50 anos de existência, que serão comemorados quando da realização de seu XXVI Simpósio Nacional de História, evento tradicionalmente promovido por esta Associação, o qual ocorrerá entre 17 e 21 de julho de 2011, na cidade de São Paulo, nas dependências do campus da Universidade de São Paulo.

A palavra comemorar vem do latim commemorare e significa trazer a memória, fazer recordar, fazer lembrar, solenizar recordando. A comemoração, portanto, se relaciona com o campo da memória, da memória voluntária, aquela em que se convoca à lembrança, em que um evento, uma solenidade convoca à recordação de um fato, de um feito, de um evento, de um acontecimento, de uma data, de um personagem. A comemoração tem, pois, a finalidade de provocar a recordação e de, solenizando uma ocasião, forçar a lembrança, fazer lembrar algo que seria individual ou coletivamente relevante, que deveria ser inesquecível.

Nós, historiadores, costumamos lidar com os artefatos da memória, por isso, as comemorações nos interessam, também estão afeitas ao nosso campo. Como sabemos, a historiografia se relaciona de uma maneira crítica com as diversas formas e versões das memórias, entre elas os eventos comemorativos. Assim, faremos da oportunidade em que comemoraremos os 50 anos de fundação da entidade máxima de representação acadêmica e política dos historiadores, um momento privilegiado de reflexão sobre os vários sentidos, significados e, inclusive, implicações políticas do comemorar, em nossa sociedade e em nosso tempo, bem como em outras sociedades e em outros momentos históricos.

Convidamos a todos os profissionais da área da história ou nela interessados para, de modo solene, durante o próximo Simpósio Nacional, lembrar o percurso de nossa Associação, suas lutas, conquistas e derrotas e nos debruçar sobre sua memória, sempre de modo crítico e questionador, para que ela possa dar novos passos no sentido de sua consolidação institucional.

Comemorar significa a elaboração de uma dada versão do passado, daquilo ou daquele que é lembrado (e esquecido); o ato de comemorar implica fazer escolhas por dadas versões, por dados significados daquilo que se comemora; implica também, como toda atitude de memória, a produção de esquecimentos, de silêncios, de omissões. Convidamos, portanto, a que venham a São Paulo comemorar o cinquentenário de nossa entidade, mas que venham fazê-lo do melhor modo, que é exercendo a nossa própria atividade, não abrindo mão de nossa obrigação social de sermos analistas críticos das memórias em todas as suas formas de elaboração e difusão. Enfim, comemorar indagando sobre os sentidos políticos e sociais desta prática, nos diferentes contextos e nas diferentes temporalidades em que se deram e em que se dão esses atos de evocação. Festejar, solenizar sem abrir mão da atividade de reflexão sobre as implicações do ato comemorativo. Portanto, vamos todos juntos festejar e pensar!

VI Jornadas Nacionales Espacio, Memoria e Identidad

VI Jornadas Nacionales Espacio, Memoria e Identidad


Fecha: 21-02-11

Hora: 12:00hs

Lugar: Facultad de Humanidades y Artes

Dirección: Entre Ríos 758

Teléfonos

Sitio Web

www.ceemi-unr.com.ar

Email

info@ceemi-unr.com.ar

VI Jornadas Nacionales Espacio, Memoria e Identidad

Las Facultades de Humanidades y Artes y de Ciencia Política informan que se realizarán las VI Jornadas Nacionales Espacio, Memoria e Identidad el 29, 30 de junio y 1°de julio de 2011 en Entre Ríos 758.


La fecha límite de entrega de abstracts es el 21 de febrero de 2011 y de ponencias, el 9 de mayo de 2011.

Los núcleos temáticos son:


. Las formas narrativas de la memoria
. Memorias y comunicación
. El espacio urbano y sus memorias
. Historias del presente
. Consumos culturales
. Los usos del pasado
. Género, cultura e identidad
. Territorialidad, política y ciudadanía
. Sociedades indígenas latinoamericanas: identidades, memorias y territorialidades.
. Política, lenguaje y representación, Argentina, siglos XIX y XX
. Arte y política
. Educación, tecnologías y cambio cultural


Más información: info@ceemi-unr.com.ar

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Novo número da revista EM ABERTO


Acaba de publicado o novo número da revista EM ABERTO. Criado em 1981, é um periódico monotemático, que tem por objetivo estimular e promover a discussão de questões atuais e relevantes da educação brasileira, trazendo opiniões divergentes ou confrontos de pontos de vista. Publica artigos e bibliografias seletivas. É largamente utilizado como material didático nos cursos de graduação e de pós-graduação. Para acessar e mesmo ler em PDF os textos utilize o limk: http://emaberto.inep.gov.br/index.php/emaberto/issue/view/117 ou click no titulo deste post.

Sumário

Apresentação

Apresentação

Luis Henrique Sommer

Enfoque - Qual é a questão?

Formação inicial de professores a distância: questões para debate

Luis Henrique Sommer

Pontos de vista - O que pensam outros especialistas?

Configuração da política nacional de formação de professores a distância

Raquel Goulart Barreto

Formação pedagógica on-line: caminhos para a qualificação da docência universitária

Marilda Aparecida Behrens

Transformações no trabalho e na formação docente na educação a distância on-line

Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida

Educação a distância e precarização do trabalho docente

Andrea Lapa, Nelson De Luca Pretto

Formação de professores na modalidade on-line: experiências e reflexões sobre a criação de espaços de convivência digitais virtuais

Eliane Schlemmer

Formação de professores nas tramas da rede: uma prática de governamentalidade neoliberal

Karla Saraiva

Bibliografia comentada

Bibliografia comentada

Luis Henrique Sommer



segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Veja como pensa a elite sulista-brasileira

Declaração do editor de Wikileaks. Julian Assange

Não matem o mensageiro por revelar verdades incómodas

por Julian Assange [*]

WIKILEAKS merece protecção, não ameaças e ataques.

Em 1958 o jovem Rupert Murdoch, então proprietário e editor do jornal The News, de Adelaide, escreveu: "Na corrida entre o segredo e a verdade, parece inevitável que a venda sempre vença".

A sua observação talvez reflicta o desmascaramento feito pelo seu pai, Keith Murdoch, de que tropas australianas estavam a ser sacrificadas inutilmente nas praias de Galipoli por comandantes britânicos incompetentes. Os britânicos tentaram calá-lo mas Keith Murdoch não foi silenciado e os seus esforços levaram ao término da desastrosa campanha de Galipoli.

Aproximadamente um século depois, WikiLeaks está também a publicar destemidamente factos que precisam ser tornados públicos.

Criei-me numa cidade rural em Queensland onde as pessoas falavam dos seus pensamentos directamente. Elas desconfiavam do governo como de algo que podia ser corrompido se não fosse vigiado cuidadosamente. Os dias negros de corrupção no governo de Queensland antes do inquérito Fitzgerald testemunham do que acontece quando políticos amordaçam os media que informam a verdade.

Estas coisas ficaram em mim. WikiLeaks foi criado em torno destes valores centrais. A ideia, concebida na Austrália, era utilizar tecnologias da Internet de novas maneiras a fim de relatar a verdade.

WikiLeaks cunhou um novo tipo de jornalismo: jornalismo científico. Trabalhamos com outros media para levar notícias às pessoas, assim como para provar que são verdadeiras. O jornalismo científico permite-lhe ler um artigo e então clicar online para ver o documento original em que se baseia. Esse é o modo como pode julgar por si próprio: Será verdadeiro este artigo? Será que o jornalista informou com rigor?

Sociedades democráticas precisam de meios de comunicação fortes e WikiLeaks faz parte desses media. Os media ajudam a manter o governo honesto. WikiLeaks revelou algumas verdades duras acerca das guerras do Iraque e Afeganistão, e desvendou notícias acerca da corrupção corporativa.

Há quem diga que sou anti-guerra: para que conste, não sou. Por vezes os países precisam ir à guerra e há guerras justas. Mas não há nada mais errado do que um governo mentir ao seu povo acerca daquelas guerras, pedindo então a estes mesmos cidadãos para porem as suas vidas e os seus impostos ao serviço daquelas mentiras. Se uma guerra é justificada, então digam a verdade e o povo decidirá se a apoia.

Se já leu algum dos registos da guerra do Afeganistão ou do Iraque, algum dos telegramas da embaixada dos EUA ou algumas das histórias acerca das coisas que WikiLeaks informou, considere quão importante é para todos os media ter capacidade para relatar estas coisas livremente.

WikLeaks não é o único divulgador dos telegramas de embaixadas dos EUA. Outros media, incluindo The Guardian britânico, The New York Times, El Pais na Espanha e Der Spiegel na Alemanha publicaram os mesmos telegramas.

Mas é o WikiLeaks, como coordenador destes outros grupos, que tem enfrentado os ataques e acusações mais brutais do governo dos EUA e dos seus acólitos. Fui acusado de traição, embora eu seja australiano e não cidadão dos EUA. Houve dúzias de apelos graves nos EUA para eu ser "removido" pelas forças especiais estado-unidenses. Sarah Palin diz que eu deveria ser "perseguido e capturado como Osama bin Laden", um projecto de republicano no Senado dos EUA procura declarar-me uma "ameaça transnacional" e desfazer-se de mim em conformidade. Um conselheiro do gabinete do primeiro-ministro do Canadá apelou na televisão nacional ao meu assassinato. Um bloguista americano apelou a que o meu filho de 20 anos, aqui na Austrália, fosse sequestrado e espancado por nenhuma outra razão senão a de atingir-me.

E os australianos deveriam observar com nenhum orgulho o deplorável estímulo a estes sentimentos por parte de Julia Gillard e seu governo. Os poderes do governo australiano parecem estar à plena disposição dos EUA quer para cancelar meu passaporte australiano ou espionar ou perseguir apoiantes do WikiLeaks. O procurador-geral australiano está a fazer tudo o que pode para ajudar uma investigação estado-unidense destinada claramente a enquadrar cidadãos australianos e despachá-los para os EUA.

O primeiro-ministro Gillard e a secretária de Estado Hillary Clinton não tiveram uma palavra de crítica para com as outras organizações de media. Isto acontece porque The Guardian, The New York Times e Der Spiegel são antigos e grandes, ao passo que WikiLeaks ainda é jovem e pequeno.

Nós somos os perdedores. O governo Gillard está a tentar matar o mensageiro porque não quer que a verdade seja revelada, incluindo informação acerca do seu próprio comportamento diplomático e político.

Terá havido alguma resposta do governo australiano às numerosas ameaças públicas de violência contra mim e outros colaboradores do WîkLeaks? Alguém poderia pensar que um primeiro-ministro australiano defendesse os seus cidadãos contra tais coisas, mas houve apenas afirmações de ilegalidade completamente não fundamentadas. O primeiro-ministro e especialmente o procurador-geral pretendem cumprir seus deveres com dignidade e acima da perturbação. Fique tranquilo, aqueles dois pretendem salvar as suas próprias peles. Eles não conseguirão.

Todas as vezes que WikiLeaks publica a verdade acerca de abusos cometidos por agências dos EUA, políticos australianos cantam um coro comprovadamente falso com o Departamento de Estado: "Você arriscará vidas! Segurança nacional! Você põe tropas em perigo!" Mas a seguir dizem que não há nada de importante no que WikiLeaks publica. Não pode ser ambas as coisas, uma ou outra. Qual é?

Nenhuma delas. WikiLeaks tem um historial de publicação quatro anos. Durante esse tempo mudámos governos, mas nem uma única pessoa, que se saiba, foi prejudicada. Mas os EUA, com a conivência do governo australiano, mataram milhares de pessoas só nestes últimos meses.

O secretário da Defesa dos EUA, Robert Gates, admitiu numa carta ao congresso estado-unidense que nenhumas fontes de inteligência ou métodos sensíveis haviam sido comprometidos pela revelação dos registos de guerra afegãos. O Pentágono declarou que não havia evidência de que as informações do WikiLeaks tivessem levado qualquer pessoa a ser prejudicada no Afeganistão. A NATO em Cabul disse à CNN que não podia encontrar uma única pessoa que precisasse de proteger. O Departamento da Defesa australiano disse o mesmo. Nenhuma tropa ou fonte australiana foi prejudicada por qualquer coisa que tivéssemos publicado.

Mas as nossas publicações estavam longe de serem não importantes. Os telegramas diplomáticos dos EUA revelam alguns factos estarrecedores:

  • Os EUA pediram aos seus diplomatas para roubar material humano pessoal e informação de responsáveis da ONU e de grupos de direitos humanos, incluindo DNA, impressões digitais, escanerização de íris, números de cartão de crédito, passwords de Internet e fotos de identificação, violando tratados internacionais. Presumivelmente, diplomatas australianos na ONU também podem ser atacados.

  • O rei Abdula da Arábia Saudita pediu que os EUA atacassem o Irão.

  • Responsáveis na Jordânia e no Bahrain querem que o programa nuclear do Irão seja travado por quaisquer meios disponíveis.

  • O inquérito do Iraque na Grã-Bretanha foi viciado para proteger "US interests".

  • A Suécia é um membro encoberto da NATO e a partilha da inteligência dos EUA é resguardada do parlamento.

  • Os EUA estão a agir de forma agressiva para conseguir que outros países recebam detidos libertados da Baia de Guantanamo. Barack Obama só concordou em encontrar-se com o presidente esloveno se a Eslovénia recebesse um prisioneiro. Ao nosso vizinho do Pacífico, Kiribati, foram oferecidos milhões de dólares para aceitar detidos.

Na sua memorável decisão no caso dos Pentagon Papers, o Supremo Tribunal dos EUA declarou: "só uma imprensa livre e sem restrições pode efectivamente revelar fraude no governo". Hoje, a tempestade vertiginosa em torno do WikiLeaks reforça a necessidade de defender o direito de todos os media revelarem a verdade.

08/Dezembro/2010
[*] Editor-chefe do WikiLeaks.

O original encontra-se em www.theaustralian.com.au/...

domingo, 12 de dezembro de 2010

É por isso que querem manter Assange preso. Viva o Wikileaks Assassinato Colateral: Militares dos EUA matam civis - Parte 1 e 2




UFGD abre concurso público para História


A Pró-Reitoria de Ensino de Graduação da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) publicou o edital de abertura de inscrições do Concurso Público de Provas e Títulos destinado a preencher 36 vagas, em caráter efetivo, de cargos de Professor Adjunto e de Professor Assistente da Carreira do Magistério Superior da Universidade.

As vagas são para as áreas de Administração Geral; Administração da Produção; Contabilidade Societária e Finanças; Cálculo Diferencial e Integral; Ensino de Matemática; Redes de Computadores; Banco de Dados; Química Analítica; Educação em Química; Pesquisa Operacional; Engenharia de Operações e Processos da Produção; Máquinas Térmicas e de Fluídos; Política Externa Brasileira; Metodologia em Relações Internacionais; Direito e Processo - Prática Jurídica; Política, Gestão e Avaliação da Educação; Educação, Inclusão e Diversidade; Natação na Escola e Esportes Aquáticos; Educação Física Adaptada; Projeto de Máquinas Agrícolas; Pedologia: Fertilidade, Bioquímica e Biologia do Solo; Construções Rurais e Ambiência; Mecânica e Instrumentação de Máquinas Agrícolas; Bioquímica; Antropologia; Ciência Política; Geografia Humana: Análise Regional e Território; Ensino de História/Estágio Supervisionado; Psicologia Experimental/Psicologia da Aprendizagem; Psicologia Social e Psicologia Sócio-Histórica/ Processos Grupais; Fundamentos Psicodinâmicos da Personalidade/ Epistemologia e Psicologia; Nutrição e Saúde Pública; e Nutrição Materno-Infantil e do Adolescente.

As datas, os horários e os locais de realização das provas serão divulgados por meio de Editais de Convocações, a serem publicados somente no endereço eletrônico http://www.ufgd.edu.br/concursos/docentes/concurso.2010-12-03.8381899396 , na opção CONCURSO DOCENTE: EDITAL PROGRAD Nº 28, DE DEZEMBRO DE 2010.

As inscrições estarão abertas a partir das 9 horas do dia 13 de dezembro de 2010 (segunda-feira) até às 13 horas do dia 14 de janeiro de 2011 (sexta-feira). Para isso é preciso acessar o link do concurso, ir em “inscrições” e preencher todos os campos conforme instruções. Ao completar o preenchimento dos campos, o candidato deverá acionar o campo “confirmar”, imprimir o formulário de inscrição e, em seguida, imprimir a Guia de Recolhimento da União (GRU) para o pagamento da taxa de inscrição no valor de R$ 150,00. Aí é necessário pagar a GRU e enviar por Correios ou entregar pessoalmente os documentos relacionados no edital.

O concurso constará das seguintes etapas: Inscrição – sujeita à homologação; Prova Escrita – de caráter eliminatório e classificatório; Prova Didática – de caráter eliminatório e classificatório; Prova de Defesa do Memorial - de caráter classificatório (apenas para o cargo de Professor Adjunto); e Prova de Títulos – de caráter classificatório.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Guimarães: Berço da Nação Portuguesa

As revistas de turismo costumam dizer que quando os brasileiros chegam a Portugal começam a visita pelo Belém. Torre de Belém, Mosteiro dos Jerônimos e claro o pastel de Belém. É justo uma vez que foi de ou era de lá que partiam os lusos em direção ao Brasil. O motivo desta vontade de ir a Belém teria a ver com a vontade de ir ao marco zero de nossa nação. Quando estava em Portugal é claro que fui a Belém e foram várias vezes. Mas se Belém é o local de onde partiam os navegadores e imigrantes em direção ao que seria o Brasil, Guimarães foi onde começou tudo pois, como diz a inscrição no que resta das muralhas da antiga cidade foi ali que nasceu Portugal e por conseqüência também o Brasil. Não é sem motivo que ali na entrada de onde era o Paço Ducal dos Braganças que existem várias placas comemorativas doadas pelo governo brasileiro que também auxiliou financeiramente na recuperação do mesmo. A cidade que é patrimônio mundial é uma das mais lindas que visitei com muito verde e tranqüila. A cidade fica a mais ou menos 55 km do Porto e feita de comboio é muito agradável. Chegamos a cidade de manhanzinha e estava muito frio. Da estação do comboio fomos a pé ao centro da cidade para esquentar o frio. Como esquentou tomamos uma cerveja num bar no centro da cidade e partimos para a exploração. Quanto a sua história Guimarães teve um com um papel crucial na formação de Portugal e conta já com mais de um milénio desde a sua formação, quando era chamada de Vimaranes. A origem do nome esta ligado a Vimara Peres nos meados do séc. IX, quando fez deste local o seu principal centro governativo do condado Portucalense que tinha conquistado para o Reino de Galiza e onde veio a falecer.

A cidade que tem um belo patrimônio histórico soube conciliar, a história e consequente manutenção do património com o dinamismo e empreendedorismo que caracterizam as cidades modernas.

"Cidade Berço", devido aí ter sido estabelecido o centro administrativo do Condado Portucalense por D. Henrique e por seu filho D. Afonso Henriques poder ter nascido nesta cidade e fundamentalmente pela importância histórica que a Batalha de São Mamede travada na periferia da cidade em24 de Junho de 1128 teve para a formação da nacionalidade. Contudo, as necessidades da Reconquista e de protecção de territórios a sul levou esse mesmo centro para Coimbra em 1129.

Os "Vimaranenses" são orgulhosamente tratados por "Conquistadores", fruto dessa herança histórica de conquista iniciada precisamente em Guimarães. A cidade está historicamente associada à fundação da nacionalidade e identidade Portuguesa. Guimarães, entre outras povoações, antecede e prepara a fundação dePortugal sendo conhecida como "O Berço da Nação Portuguesa". Aqui tiveram lugar em1128 alguns dos principais acontecimentos políticos e militares, que levariam à independência e ao nascimento de uma nova Nação. Por esta razão, está inscrito numa das torres da antiga muralha da cidade "Aqui nasceu Portugal", referência histórica e cultural de residentes e visitantes nacionais. Após a ação política de reconquista organizada pelo Reino da Galiza, com a intervenção do fidalgo Vimara Peres ainda no remoto século IX, a fundação medieval da atual cidade tem as suas raízes no remoto século X. Foi nesta altura que a Condessa Mumadona Dias, viúva de Hermenegildo Mendes, mandou construir, na sua propriedade de Vimaranes, um mosteiro dúplice, que se tornou num pólo de atração e deu origem à fixação de um grupo populacional conhecido como vila baixa. Paralelamente e para defesa do aglomerado, mandou construir um castelo a pouca distância, na colina, criando assim um segundo ponto de fixação na vila alta. A ligar os dois núcleos formou-se a Rua de Santa Maria. Posteriormente o Mosteiro transformou-se em Real Colegiada e adquiriu grande importância devido aos privilégios e doações que reis e nobres lhe foram concedendo. Tornou-se num afamado Santuário de Peregrinação, e de todo o lado acorriam crentes com preces e promessas.A outorgação, pelo Conde D. Henrique, do primeiro foral nacional (considerado por alguns historiadores anterior ao de Constantim de Panóias), em data desconhecida, mas possivelmente em 1096, atesta a importância crescente da então vila de Guimarães, escolhida ainda como capital do então Condado Portucalense. Na cidade se daria em 24 de Junho de 1128, a Batalha de São Mamede. Como a vila foi-se expandindo e organizando, foi rodeada parcialmente por uma muralha defensiva no reinado de D. Dinis. Entretanto as ordens mendicantes instalam-se em Guimarães e ajudam a moldar a fisionomia da cidade. Posteriormente, os dois pólos fundem-se num único e após o derrube da muralha que separava os dois núcleos populacionais no reinado de D. João I, a vila intramuros já pouco mudará, expandindo-se extramuros com a criação de novos arruamentos como a Rua dos Gatos. Haverá ainda a construção de algumas igrejas, conventos e palácios, a formação do Largo da Misericórdia (atual Largo João Franco) em finais do século XVII e inícios do XVIII, mas a sua estrutura não sofrerá grande transformação. Será a partir de finais do século XIX, com as novas ideias urbanísticas de higiene e simetria, que a vila, elevada a cidade, pela Rainha D. Maria II, por decreto de 23 de Junho de 1853, irá sofrer a sua maior mudança. Será autorizado e fomentado o derrube das muralhas, haverá a abertura de ruas e grandes avenidas como o atual Largo de Martins Sarmento, o Largo da Condessa do Juncal e a Alameda de São Dâmaso, e a parquização da Colina da Fundação. No entanto, quase tudo foi feito de um modo controlado, permitindo assim a conservação do seu magnífico Centro Histórico. Para quem conseguiu chegar até aqui aviso que abaixo vão algumas imagens da cidade.

Chegando a cidade

Igreja de São Miguel do Castelo

A Igreja de São Miguel do Castelo ou Capela de São Miguel do Castelo, é tardo-românico e está situada na freguesia da Oliveira do Castelo, Guimarães, junto do Castelo de Guimarães.

Segundo a lenda aqui teria sido batizado o primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, o que parece carecer de fundamento, uma vez que o templo data do século XIII. No entanto como lenda é lenda, ainda assim, guarda-se aqui a pretensa pia batismal que serviu para tal feito.

Na verdade, a Igreja foi mandada construir pela Colegiada de Santa Maria do Castelo, tendo sido sagrada pelo primaz de Braga, Silvestre Godinho, em 1239. Pela sua datação, o românico já não é perfeito, e parece prenunciar em alguns aspectos a ascensão do gótico.

Ao longo do tempo foi caindo em ruínas, estado em que se encontrava em meados do século XIX, quando a Sociedade Martins Sarmento decidiu restaurar a capela, que viria a ser declarada monumento nacional em 16 de junho de 1910, em simultâneo com os vizinhos Castelo de Guimarães e Paço dos Duques de Bragança, formando assim um complexo de grande importância não só histórica, como também arquitetónica.

Guimarães




Pausa para uma cerveja

Paço Ducal dos Braganças







Placa do governo brasileiro em homenagem ao fundador da nação portuguesa D. Afonso

Castelo de Guimarães

Partida de Guimaraes

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Igrejas de Portugal - Coimbra-Sé Nova





Coimbra é uma das cidades mais bonitas que visitei em Portugal. Andei muito por suas ruas. Me perdi nas ruas. A visão da cidade a partir do Mondego é uma coisa inesquecível. Mas nós brasileiros vamos a Coimbra a séculos atrás de outra coisa: da Universidade. A universidade de Coimbra é a mais antiga do mundo. Mas a universidade fica para depois pois eu quero continuar mostrando as belas igrejas que vi em Portugal. Não que eu seja religioso e que tenha entrado para rezar uma missa em cada uma que entrei mas para apreciar a beleza da arte e posso dizer que sim dentro destes edíficios-monumentos sentimos algo espiritual. Em Coimbra eu visitei vários locais como a Sé Nova, que serviu de referência para várias Igrejas aqui no Brasil. É uma Igreja muito linda mas um fato me deixava preocupado. Eu me lembro que uma vez entrado na Sé de Lisboa uma senhora brasileira dizia “nossa como está feia toda suja porque não lavam?” Mas será esse objetivo? Lavar? Os edificios-monumentos têm que estar sempre sendo lavados precisam guardar as marcas do tempo? O professor Justino Magalhaes da Universidade de Lisboa quando visitou o Conjunto Franciscano aqui em Joao Pessoa achou bonito justamente o fato de ela apresentar as marcas do tempo. Falo isso por que esta Sé Nova de Coimbra estava tão limpa que até atrapalhava a visão ela refletia no sol. Acho que para o seu tempo era linda mas agora precisamos ver as marcas do tempo. A Sé NovaA , situa-se no Largo da Feira perto da Universidade de Coimbra, na freguesia de Sé Nova.

Originalmente, a Sé Nova ela era a Igreja do Colégio dos Jesuítas (Colégio das Onze Mil Virgens), que se instalaram em Coimbra em 1541. A igreja começou a ser construída em 1598, seguindo um projeto do arquiteto oficial dos jesuítas de Portugal, Baltazar Álvares, influenciado pela igreja do Mosteiro de São Vicente de Fora de Lisboa. As obras foram muito lentas e o culto somente se iniciou em 1640, com o templo sendo inaugurado apenas em 1698.

Em 1759, os Jesuítas foram banidos de Portugal pelo Marquês de Pombal e, em1772, a sede episcopal de Coimbra foi transferida da velha Sé românica para a espaçosa igreja jesuíta.

A fachada da igreja é marcada por fortes linhas e possui quatro estátuas de santos jesuítas. A parte superior da fachada, terminada só no século XVIII, tem decoração barroca e contrasta com as partes inferiores, em estilo maneirista. O interior é de uma só nave abobadada com capelas laterais e transepto com cúpula e lanternim. O transepto e a capela-mor estão decorados com enormes e magníficos retábulos de talha dourada, construídos em finais do século XVII e princípios do século XVIII. As capelas laterais contém vários retábulos maneiristas e barrocos.

O cadeiral da capela-mor, do século XVII, foi trazido da Sé Velha, assim como a magnífica pia batismal de uma das capelas laterais, esculpida em estilo gótico-manuelino por Pero e Felipe Henriques no início do século XVI.