segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Resposta à Revista Veja da professora Vanessa Storrer - professora da rede Municipal de Curitiba




 RESPOSTA À REVISTA VEJA
Abaixo estou enviando uma cópia da carta escrita por uma professora
que trabalha  no Colégio Estadual Mesquita, à revista Veja.
Peço por favor que repasse a todos que conhecem, vale a pena ler.  Sou
professora do Estado do Paraná e fiquei indignada com a reportagem da
jornalista Roberta de Abreu Lima “Aula Cronometrada”. É com grande
pesar que vejo quão distante estão seus argumentos sobre as causas do
mau desempenho escolar com as VERDADEIRAS  razões que  geram este
panorama desalentador.Não há necessidade de cronômetros, nem de
especialistas  para diagnosticar as falhas da educação. Há necessidade
de todos os que pensam que: “os professores é que são incapazes de
atrair a atenção de alunos repletos de estímulos e inseridos na era
digital” entrem numa sala de aula e observem a realidade brasileira.
Que alunos são esses “repletos de estímulos” que muitas vezes não têm
o que comer em suas casas quanto mais inseridos na era digital? Em que
 pais de famílias oriundas da pobreza  trabalham tanto que não têm
como acompanhar os filhos  em suas
 atividades escolares, e pior em orientá-los para a vida? Isso sem
falar nas famílias impregnadas pelas drogas e destruídas pela
ignorância e violência, causas essas que infelizmente são trazidas
para dentro da maioria das escolas brasileiras. Está na hora dos
professores se rebelarem contra as acusações que lhes são impostas.
Problemas da sociedade deverão ser resolvidos pela sociedade e não
somente pela escola.Não gosto de comparar épocas, mas quando penso na
minha infância, onde pai e mãe, tios e avós estavam presentes e onde
era inadmissível faltar com o respeito aos mais velhos, quanto mais
aos professores e não cumprir as obrigações fossem escolares ou
simplesmente caseiras, faço comparações com os alunos de hoje
“repletos de estímulos”. Estímulos de quê?  De passar o dia na rua,
não fazer as tarefas, ficar em frente ao computador, alguns até altas
horas da noite, (quando o têm), brincando no Orkut, ou o que
 é ainda pior envolvidos nas drogas. Sem disciplina seguem perdidos na vida.
Realmente, nada está bom. Porque o que essas crianças e jovens
procuram é amor, atenção, orientação e disciplina.
Rememorando, o que tínhamos nós, os mais velhos,  há uns anos atrás de
estímulos? Simplesmente: responsabilidade, esperança, alegria.
Esperança que se estudássemos teríamos uma profissão, seríamos
realizados na vida. Hoje os jovens constatam que se venderem drogas
vão ganhar mais. Para quê o estudo? Por que numa época com tantos
estímulos não vemos olhos brilhantes nos jovens? Quem, dos mais
velhos, não lembra a emoção de somente brincar com os amigos,  de ir
aos piqueniques, subir em árvores?
E, nas aulas, havia respeito, amor pela pátria.. Cantávamos o hino
nacional diariamente, tínhamos aulas “chatas” só na lousa e sabíamos
ler, escrever e fazer contas com fluência.
Se não soubéssemos não iríamos para a 5ª. Série. Precisávamos passar
pelo terrível, mas eficiente, exame de admissão. E tínhamos motivação
para isso.
Hoje, professores “incapazes” dão aulas na lousa, levam filmes,
trabalham com tecnologia, trazem livros de literatura juvenil para
leitura em sala-de-aula (o que às vezes resulta em uma revolução),
levam alunos à biblioteca e a outros locais educativos (benza, Deus,
só os mais corajosos!) e, algumas escolas públicas onde a renda dos
pais comporta, até a passeios interessantes, planejados
minuciosamente, como ir ao Beto Carrero.
E, mesmo, assim, a indisciplina está presente, nada está bom. Além
disso, esses mesmos professores “incapazes”, elaboram atividades
escolares como provas, planejamentos, correções nos fins-de-semana,
tudo sem remuneração;
Todos os profissionais têm direito a um intervalo que não é
cronometrado quando estão cansados. Professores têm 10 minutos de
intervalo, quando têm de escolher entre ir ao banheiro ou tomar às
pressas o cafezinho. Todos os profissionais têm direito ao vale
alimentação, professor tem que se sujeitar a um lanchinho, pago do
próprio bolso, mesmo que trabalhe 40 h.semanais. E a saúde? É a única
profissão que conheço que embora apresente atestado médico tem que
repor as aulas. Plano de saúde? Muito precário.
Há de se pensar, então, que são bem remunerados... Mera ilusão! Por
isso, cada vez vemos menos profissionais nessa área, só permanecem os
que realmente gostam de ensinar, os que estão aposentando-se e estão
perplexos com as mudanças havidas no ensino nos últimos tempos e os
que aguardam uma chance de “cair fora”. Todos devem ter vocação para
Madre Teresa de Calcutá, porque por mais que esforcem-se em ministrar
boas aulas, ainda ouvem alunos chamá-los de “vaca”,”puta”, “gordos “,
“velhos” entre outras coisas. Como isso é motivante e temos ainda que
ter forças para motivar. Mas, ainda não é tão grave.
Temos notícias, dia-a-dia, até de agressões a professores por alunos.
Futuramente, esses mesmos alunos, talvez agridam seus pais e
familiares. Lembro de um artigo lido, na revista Veja, de Cláudio de Moura Castro,

que dizia que um país sucumbe quando o grau de incivilidade de seus
cidadãos ultrapassa um certo limite.
E acho que esse grau já ultrapassou. Chega de passar alunos que não
merecem. Assim, nunca vão saber porque devem estudar e comportar-se na
sala de aula; se passam sem estudar mesmo, diante de tantas chances, e
com indisciplina... E isso é um crime! Vão passando série após série,
e não sabem escrever nem fazer contas simples. Depois a sociedade os
exclui, porque não passa a mão na cabeça. Ela é cruel e eles já são
adultos. Por que os alunos do Japão estudam? Por que há cronômetros? Os
professores são mais capacitados? Talvez, mas o mais importante é
porque há disciplina. E é isso que precisamos e não de cronômetros.
Lembrando: o professor estadual só percorre sua íngreme carreira
mediante cursos, capacitações que são realizadas, preferencialmente
aos sábados. Portanto, a grande maioria dos professores está
constantemente estudando e aprimorando-se. Em vez de cronômetros,
precisamos de carteiras escolares, livros, materiais,
quadras-esportivas cobertas (um luxo para a grande maioria de nossas
escolas), e de lousas, sim, em melhores condições e em maior
quantidade. Existem muitos colégios nesse Brasil afora que nem cadeiras possuem
para os alunos sentarem. E é essa a nossa realidade!  E, precisamos,
também, urgentemente de educação para que tudo que for fornecido ao
aluno não seja destruído por ele mesmo
Em plena era digital, os professores ainda são obrigados a preencher
os tais livros de chamada, à mão: sem erros, nem borrões (ô, coisa
arcaica!), e ainda assim se ouve falar em cronômetros. Francamente!!!
Passou da hora de todos abrirem os olhos  e fazerem algo para evitar
uma calamidade no país, futuramente. Os professores não são culpados
de uma sociedade incivilizada e de banditismo, e finalmente, se os
professores  até agora não responderam a todas as acusações de serem
despreparados e  “incapazes” de prender a atenção do aluno com aulas
motivadoras é porque não tiveram TEMPO.
Responder a essa reportagem custou-me metade do meu domingo, e duas
turmas sem as provas corrigidas.
Vamos fazer uma corrente via internet, repasse a todos os seus! Grata
Vamos começar uma corrente nacional que pelo menos dê aos professores
respaldo legal quando um aluno o xinga, o agride... chega de ECA que
não resolve nada, chega de Conselho Tutelar que só vai a favor da
criança e adolescente (capazes às vezes de matar, roubar e coisas
piores), chega de salário baixo, todas as profissões e pessoas passam
por professores, deve ser a carreira mais bem paga do país, afinal os
deputados que ganham 67% de aumento tiveram professores, até mesmo os
"alfabetizados funcionais". Pelo amor de Deus somos uma classe com
força!!! Somos politizados, somos cultos, não precisamos fechar
escolas, fazer greves, vamos apresentar um projeto de Lei que nos
ampare e valorize a profissão.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Dica de livro. D. João VI e o Oitocentismo


Para quem curte este período este livro é uma boa dica acredito. O livro é uma coletânea de ensaios organizado pelas pesquisadores  apresentamosTânia Maria Bessone, Gilda Santos, Ida Alves, Madalena Vaz Pinto e Sheila Hue.  
O trabalho teve o intutuito de mapear o período joanino, sem esquecer antecedentes e desdobramentos, os ensaios alinham-se em seis grandes eixos-seções: “Vida Econômica e Imprensa Oitocentista”, “Letras, Leituras e Ciências do Oitocentos”; “Cultura, Sociedade e Interpretações do Brasil”, “Arte no Reino do Brasil”, “Vozes femininas no Brasil joanino”, “As faces do Rei”. E, como se vê ao longo da leitura  , assinam os textos scholars portugueses e brasileiros do mais alto gabarito em suas áreas de atuação, ofertando-nos estudos inéditos que reavaliam personagens e acontecimentos de um período particularmente rico da história brasileira, o que, segundo entendemos, distingue este livro e faz com que não seja apenas mais um livro sobre d. João VI...



quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

XV Encontro Estadual de História - ANPUH-PB


A Comissão organizadora informa que encontra-se no endereço: http://www.buddit.com.br/xvanpuhpb/ a programação e cronograma do nosso XV Encontro Estadual de História - ANPUH-PB - "História e Sociedade: saberes em diálogo".
Lembram ainda que as inscrições para Propostas de Minicursos e Simpósios Temáticos encontram-se abertas. Mestrandos podem inscrever suas propostas junto a um colega que tenha a titulação mínima de mestre. É imprescindível que todos os proponentes sejam associados e estejam quites com suas anuidades.
Dúvidas para sua filiação ou quitação,  dirijam-se ao site da ANPUH Nacional (http://www.anpuh.org/) .

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Seleção para professor de História UFBA e UNEB


UFBA/Campus Barreiras

Seleção para professores de História para a UFBA em Barreiras (ICADS). São duas vagas : uma para a área de História do Brasil / História da Bahia e outra para História Moderna / História Contemporânea. Para ambas as vagas, a formação mínima exigida é a graduação e o mestrado em História. Mais informações no edital 06/2011: http://www.concursos.ufba.br/docentes/2011/editais/edital_docente_062011.pdf
As inscrições ocorrerão no prazo compreendido entre 29/12/2011 e 27/01/2012.

UNEB/Campus Caetité

 Seleção para professor de História para a UNEB de Caetité. São duas vagas: uma para a área de Brasil e outra para a vaga casada América/ Laboratório de ensino de História. Para ambas as vagas a formação exigida é graduação e Historia com no mínimo especialização Latu sensu na área de história ou área Afim. 40 horas, contrato é para dois 2 anos podendo ser renovado.

As inscrições serão de 23 à 27 de janeiro no campus da UNEB de Caetité. Mais informações vide o edital no diário ofiicial de 10 de janeiro. O DOE pode ser acessado no endereço www.egba.ba.gov.br. Basta clicar na versa html, cadernos "executivo", Educaçao e procurar as informações sobre a UNEB.

sábado, 14 de janeiro de 2012

NOVA edição da Revista Brasileira de História & Ciências Sociais - RBHCS





O Conselho Editorial da Revista Brasileira de História & Ciências Sociais – RBHCS – informa que já está disponível a 6ª Edição da revista, no endereço: www.rbhcs.com  com os seguintes trabalhos:

Dossiê – Os trabalhadores: experiências, cotidiano e identidades.
Apresentação: Dr. Henrique Espada Lima (UFSC).
Risco, riso e respeito: notas sobre a construção da honra entre trabalhadores em minas de carvão no Brasil e na França
Marta Cioccari 
“Botar um roçado depois ir pro forró”: festa e trabalho na Serra da Gameleira (RN).
Flávio Rodrigo Freire Ferreira 
Trabalhadores do porto de Porto Alegre: costumes e experiências.
Jairo Luiz Fleck Falcão 
A identificação da situação da violência urbana de um bairro de Criciúma a partir do Programa de Educação para o Trabalho (PET Saúde).
Mágada Tessmann Schwalm, Luciane Bisognin Ceretta, Vânia Mojeen, Ana Lucia Camargo, Ana Paula Freitas

Artigos Livres

Entre os enfrentamentos e as relações pacíficas. Comandantes de Guardas Nacionais e os indígenas na fronteira sul bonaerense (1852-1879).
Leonardo Canciani
Elites locais e suas bases sociais na América Portuguesa: uma tentativa de aplicação das social network analysis.
Tiago Luís Gil
“As seitas nórdicas jamais florescerão nos trópicos”: uma análise do protestantismo brasileiro a partir das observações de Sérgio Buarque de Holanda em Raízes do Brasil.
Pedro Barbosa de Souza Feitoza 
Da construção da “individualidade” ao “indivíduo sitiado”: Uma crítica Baumaniana ao elogio do hibridismo cultural.
Ianko Bett 
Nacionalismo musical e “invasão cultural” na linha evolutiva da Música Popular Brasileira.
Emília Saraiva Nery 
O DASP e o combate à ineficiência nos serviços públicos: a atuação de uma elite técnica na formação do funcionalismo público no Estado Novo (1937-1945).
Fernanda Lima Rabelo 
Trajetórias, narrativas e memórias de imigrantes libaneses no Ceará.
Ruben Maciel Franklin 
O significado da maternidade na adolescência para jovens gestantes
Ana Cristina Garcia Dias, Naiana Dapieve Patias, Pascale Chechi Fiorin, Marina Zanella Dellatorre
Discursos e sociabilidades entre as classes populares: o regramento do carnaval e do comportamento feminino
Caroline P. Leal
Shudra: o trabalhador como movedor do mundo e seu mítico serviço na Índia antiga.
Arilson Oliveira
Acadêmicos de Graduação
As construções de sentidos e imagens de um urbano pelos poetas juazeirenses em 1987.
Assis Daniel Gomes
Continuidades e avanços nos saberes médicos na Europa da primeira metade do século XVIII: uma análise dos Tratados Médicos de Ayala (1705) e Sanz de Dios (1730).
Roberto Poletto
Resenhas
As relações globais de trabalhos: uma visão panorâmica.
MORLEY, Michael J; GUNNIGLE, Patrick; COLLINGS, David G. (Org.). Global Industrial Relations. Nova Iorque: Routledge, 2006, 354p.
Katiuscia Moreno Galhera Espósito
Discussões sobre a juventude: um registro prático da oralidade intelectual
ABRAMO, Helena W.; FREITAS, Maria V. de; SPOSITO, Marilia P. (Org.). Juventude em debate. São Paulo: Cortez, 2002, 136p.
Romero G. Maia
Transcrição
Uma primeira guerra do Paraguai: as cartas da “invasão brasileira de 1855” ao Paraguai.
Fabiano Barcellos Teixeira
Livro do Ano 2012 RBHCS - WILCKEN, Patrick. Claude Lévi-Strauss: o poeta no laboratório. Tradução Denise Buttmann. Rio de Janeiro: Objetiva, 2011. 389p.


quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Revista Educação e Fronteiras On-Line.





A revista Educação e Fronteiras On-Line, da Universidade Federal da Grande Dourados - MS,  acaba de publicar seu último número em http://www.periodicos.ufgd.edu.br/index.php/educacao. Convidamos a navegar no sumário da revista para acessar os artigos e itens de interesse.

Sumário

Apresentação
A REVISTA EDUCAÇÃO E FRONTEIRAS ON-LINE: NOTAS SOBRE SUA CONSOLIDAÇÃO
Paulo Gomes Lima
p.01-04
Editorial
DOSSIÊ “EDUCAÇÃO E PROCESSO CIVILIZADOR”
Magda Sarat
p.05-09
Artigos
Carina V. Kaplan
p.10-21

Lucas Facundo Krotsch
p.22-32

Izabel Adriana Gomes de Sena, Edilson Fernandes de Souza
p.33-45

Reginaldo Celio Sobrinho
p.46-61

Alexandra dos Santos Pinheiro
p.62-76

Magda Sarat
p.77-88

Axel Manuel Navarro Hernández, María Luz Márquez Barradas
p.89-97

Edna Analía Muleras
p.98-117

Célio Juvenal Costa, Amanda Regina Barbosa Lemes, Gilmar Alves Montagnoli
p.118-129

Tânia Mara Tavares da Silva, Hugo Rodolfo Lovisolo
p.130-143
Resenhas
SOBRE OS SERES HUMANOS E SUAS EMOÇÕES: UM ENSAIO SOB A PERSPECTIVA DA SOCIOLOGIA DOS PROCESSOS
Márcio José de Oliveira Rocha
p.144-146
Documentos
SIMPÓSIOS INTERNACIONAIS PROCESSOS CIVILIZADORES [SIPC]: APONTAMENTOS HISTÓRICOS

p.147-153
Teses e Dissertações
Cindy Romualdo Souza Gomes
p.154

Míria Izabel Campos
p.155

Nubea Rodrigues Xavier
p.156



Indexação: Latindex; Sumários.org; INSEER
ISSN 2237-258X