domingo, 29 de maio de 2011

Parabéns para mim.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Concerto apresenta música barroca Centro Cultural São Francisco



O espetáculo Ao Baile Ao Canto! Acontece nesta quinta-feira (26), às 20h30, e no domingo (29), às 18h, com entrada franca
O Departamento de Música do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) promovem mais uma edição dos concertos de música barroca, com o espetáculo “AO BAILE, AO CANTO! que será realizado no Centro Cultural São Francisco na quinta-feira (26), às 20h30, e no domingo (29), às 18h, com entrada franca. A organização é dos professores Heloísa Muller e Ibaney Chasin. Trata-se de uma seleção de peças instrumentais e vocais compostas nos séculos XVI e XVII, que serão executadas por professores e alunos do Departamento de Música, sob a direção artística de Ibaney Chasin.
No programa serão executadas obras de Scarlatti, Kapsberger, Corelli e um Concerto de Vivaldi para fagote e cordas, cujo solo será realizado por Heleno Feitosa (Costinha), também professor da UFPB. 
O Concerto comemora o lançamento do Projeto Camena de Oficina Barroca, homologado pela Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (Prac) da UFPB neste mês de maio. Para a professora Heloísa Muller “Comemoramos porque sabemos que o apoio da instituição é ponto de partida para que nossa atividade acadêmica seja de fato transformada em produto para a sociedade, pois é através do concerto público, onde alunos e professores se fazem músicos práticos, que se realiza o conhecimento acadêmico gerado na sala de aula e na pesquisa”.
“O principal objetivo deste projeto é fazer música fora dos muros da Universidade, pois somente assim nosso fazer se transforma em ação humanizadora, democrática e emancipadora”, complementa Heloísa Muller.

Contatos pelo telefone:             (83) 3216-7123      .

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CONCURSO PÚBLICO EDUCAÇÃO SUPERIOR DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL


 DAS ÁREAS DE CONHECIMENTO, SUBÁREAS, DOS REQUISITOS EXIGIDOS PARA INSCRIÇÃO, DAS UNIDADES UNIVERSITÁRIAS E DAS VAGAS

1.1. As áreas de conhecimento, subáreas, os requisitos exigidos para inscrição, as unidades universitárias e as vagas são os seguintes:

ÁREA DE CONHECIMENTO/ SUBÁREA
REQUISITOS EXIGIDOS PARA INSCRIÇÃO
UNIDADE UNIVERSITÁRIA
Nº VAGAS
Artes
Subárea: Dança
- Graduação em Artes Cênicas ou Dança
- Mestrado em Dança ou Artes Cênicas, com dissertação na área de Dança ou Educação, com dissertação na área de Dança
Campo Grande
01
Letras
Subárea: Lingüística
- Graduação em Letras e/ou Linguística
- Doutorado em Letras com área de concentração: Estudos Linguísticos ou Doutorado em Linguística
Campo Grande
01
Letras
Subárea: Literatura
- Graduação em Letras
- Doutorado em Letras com tese na área de literatura ou Doutorado em Literatura Brasileira ou Literatura Comparada ou Ciência da Literatura ou Teoria da Literatura
Campo Grande
01
Ciência Política
- Graduação em Ciências Sociais
- Mestrado em Ciências Sociais ou História ou Ciências Políticas ou Educação ou Direito.
Paranaíba
01
Filosofia
- Graduação em Filosofia ou Ciências Sociais
- Mestrado em Filosofia ou Ciências Sociais ou Educação
Paranaíba
01


Informações em:http://www.uems.br/portal/

domingo, 22 de maio de 2011

I CONGRESSO DE FORMAÇÃO DOCENTE: O espaço escolar e os desafios para a intervenção pedagógica

APRESENTAÇÃO
Em todos os tempos da história da educação brasileira nunca se buscou com tanta veemência a efetivação de uma escola de qualidade e que, sobretudo, a política educativa seja ensinar com competência e aprender com autonomia. Nessa perspectiva, a Empresa Itales Consultoria e Projetos Educacionais Ltda tem se comprometido em dar consistência ao sonho de consolidar uma educação de qualidade e, ao mesmo tempo, democrática. Assim sendo, cada vez mais tem, investido na promoção de eventos que vêm contribuindo na melhoria da qualidade da educação em todos os âmbitos. Entre tantos eventos já realizados, promoverá nos dias 16, 17 e 18 de junho de 2011, mais um grande acontecimento – Congresso de Formação Docente: O espaço escolar e os desafios para a intervenção pedagógica – que possibilitará a todos os educadores momentos de reavivamento dos conhecimentos e um repensar nas suas práticas enquanto atores principais do processo ensino e aprendizagem.
PÚBLICO ALVO
Professores, Pedagogos, Administradores, Supervisores, Orientadores, Psicólogos Educacionais e Estudantes de todas as áreas.
PROGRAMAÇÃO

16/06/2011 – QUINTA-FEIRA (Noite)
LOCAL: Ginásio Poliesportivo do IFPB / Unidade de Cajazeiras – PB
18h – Credenciamento
19h30min – Abertura do Evento (Momento Cultural)
20h às 22h – CONFERÊNCIA DE ABERTURA: Uma abordagem da Formação Docente e as Práticas Avaliativas no Itinerário da Escola. Prof. Dr. Pedro Demo (Brasília – DF).
17/06/2011 – SEXTA-FEIRA (Manhã)

LOCAL: Ginásio Poliesportivo do IFPB / Unidade de Cajazeiras – PB
08h às 10h – PALESTRA: A ética do fazer pedagógico Prof. Dr. Hamilton Werneck (Nova Friburgo – RJ)
10h10min às 12h – PALESTRA: A contextualização da história da educação: trajetórias e perspectivas atuais Profa. Drª. Rita Diana de Freitas Gurgel (UFERSA / RN).
17/06/2011 – SEXTA-FEIRA (Tarde)

LOCAL: Ginásio Poliesportivo do IFPB / Unidade de Cajazeiras – PB
14h às 18h – MESA REDONDA: A Contextualização das Novas Políticas Educacionais e os Desafios Atuais. DEBATEDORES: Prof. Dr. Luiz Araújo – (Brasília – DF); Prof. Dr. Paulo de Tarso Costa Henriques (Pró-Reitor do IFPB); Prof. Ms. Francisco Evanildo Simão (Mauriti – CE); Profa. Ms. Maria do Carmo Pereira Vale Leite (FAFIC).
18/06/2011 – SÁBADO (Manhã)

LOCAL: Ginásio Poliesportivo do IFPB / Unidade de Cajazeiras – PB
07h30min às 08h30min – CONFERÊNCIA: Mediação pedagógica e tecnologias digitais. Prof. Ms. Leonardo Rolim Severo (João Pessoa-PB).
08h30min às 12h – PALESTRA: A Perspectiva Curricular e as Dimensões Pedagógicas do Conhecimento Científico e Real. Prof. Dr. Celso Vasconcellos (São Paulo–SP).
INSCRIÇÕES
As inscrições podem ser feitas via site: www.icprojetoseducacionais.com
ou através de depósito (dados da conta para depósito logo abaixo).
INDIVIDUAL: R$ 100, 000 (Cem Reais)
GRUPOS (Descontos especiais somente até o dia 10/06)
10 a 20 pessoas – desconto de 10%
21 a 30 pessoas – desconto de 15%
31 a 50 pessoas – desconto de 20%

Nome:.......................................................................................................................
RG: .................................CPF.........................................
Cidade: ........................................................................UF:.......................................
______________________________________________________________________
DADOS PARA DEPÓSITO: (Depósito válido somente com efetuação diretamente na boca do caixa e apresentação do comprovante bancário no ato do credenciamento).
Itales Consultoria e Projetos Educacionais Ltda.
Banco do Brasil – Agência 0099-X
C/C 19.967-2 - Banco 001
Obs: Término da inscrições 15/06/2011.
______________________________________________________________________
CONTATOS:
(83) 3531-3416 begin_of_the_skype_highlighting            (83) 3531-3416      end_of_the_skype_highlighting / 9116-7515 / 9620-6643 / 8715-1461 / 8880
www.icprojetoseducacionais.com
contato@icprojetoseducacionais.com.br
caminha.vale@yahoo.com.br
vanice09@hotmail.com 

VI Encontro Iberoamericano de Educação

CALENDÁRIO 
DIVULGAÇÃO: de 28/04 a 08/08/2011 
INSCRIÇÕES: de 02/05 a 08/08/2011
LOCAL DAS INSCRIÇÕES: http://iage.fclar.unesp.br/eide/ 
VALORES DAS INSCRIÇÕES: http://iage.fclar.unesp.br/eide/ 
Contato: eide_2011@yahoo.com.br 

PROGRAMAÇÃO 
26/10/2011 (quarta-feira)
Das 9 às 12 e das 14 às 17 horas: Credenciamento e entrega de materiais
18 horas: Abertura Oficial 
19h30: Conferência Inaugural 

27/10/2011 (quinta-feira)
Das 8 às 9 horas: Apresentação de Pôsteres

Das 9 às 12 horas: Mesas Redondas
Educação especial; O contexto da Educação Infantil em processo de transição e vínculo com o Ensino Fundamental e a Família; Sexualidade, gênero e educação sexual; Ensino Superior e Contemporaneidade e Educação e Direitos Humanos na contemporaneidade.

Das 13h30 às 17h30 e das 19h30 às 22h30: Mini Cursos 
1. DCN para educação para as relações étnico-raciais e aspectos relativos a gestão da escola; 
2. Educação democrática na escola: propostas de desafios; 
3. Os conflitos nas relações de trabalho e a gestão heterônoma da pós-graduação; 
4. Paradigmas de pesquisa em educação e a relação teoria e prática; 
5. Lousa digital na educação: interagindo com o conteúdo; 
6. Formação de leitores;
7. Prática de leitura e cursos de formação de professores; 
8. Trajetórias de vidas: implicações na formação e prática docente de professores de educação física; 
9. Infância, experiência e sentidos para o fazer educativo; 
10. Sexualidade, gênero e educação sexual: uma introdução; 
11. Atendimento educacional especializado: como planejá-lo;
12. Organização da escola inclusiva: o projeto político pedagógico, a sala de aula o aluno;
13. Transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental de nove anos: práticas educativas da família, da escola e as relações entre estes contextos; 
14. Educação Infantil e Ensino Fundamental de 9 anos: um vínculo permeado pela expressão de diversas linguagens; 
15. Ensino superior, tecnologia e os avanços no panorama internacional; 
16. Culturas, diversidade e direitos humanos na educação; 
17. Reflexões sobre ética, moral e educação na atualidade e 
18. Direitos humanos, gênero e etnia na escola.

28/10/2011 (sexta-feira)
Das 8 às 9 horas: Apresentação de Pôsteres

Das 9 às 12 horas: Mesas Redondas

Formação do educador, trabalho docente e práticas pedagógicas; Novas tecnologias de informação e comunicação em educação; Pesquisa e avaliação educacional; Gestão educacional: caminhos possíveis para uma educação pública de qualidade.
Colóquio Tecnologias de Informação e Comunicação Aplicadas na Educação Sexual

Das 14 às 18 horas: Apresentação de Comunicações 

Eixos Temáticos:
Política e Gestão Educacional; Pesquisa e Avaliação Educacional; Novas Tecnologias de Informação e Comunicação em Educação; Formação do Educador, Trabalho Docente e Práticas Pedagógicas; Educação Sexual, Gênero e Valores; Educação Especial; Educação Infantil; Educação Superior e Educação e Direitos Humanos.

19h30: Conferência Final 
21h: Encerramento
21h30: Entrega de certificados

Conferencistas convidados: Herman C. J. Voorwald (SEEESP), Marcos Cordiolli (UFPR/PUCSP), Marcos José da Silveira Mazzotta (USP/Mackenzie), Fátima Elizabeth Denari (UFSCar), Maria Letícia Barros Pedroso Nascimento (USP), Taciana Mirna Sambrano (UFMT), Mary Neide Damico Figueiró (UEL), Maria Teresa Machado Vilaça (Universidade do Minho-Portugal), Laura Vandembroucke (Universidade Autónoma de Entre Rios-Argentina), João Cardoso Palma Filho (SEEESP), Lucia de Fátima Guerra Ferreira (UFPB), Afrânio Mendes Catani (USP), Sérgio Niza (Universidade de Lisboa-Portugal), Maria Angela Barbato Carneiro (PUCSP), Adilson J. A. de Oliveira (UFSCAR), Valdemar Sguissardi (UNIMEP-Piracicaba), Bernardete Angelina Gatti (Fundação Carlos Chagas/UNESCO), José Eustáquio Romão (UNINOVE), Cleiton de Oliveira (UNIMEP), Paula Regina Costa Ribeiro (FURG), Maria Isabel Chagas (Universidade de Lisboa-Portugal); Sonia Maria Martins de Melo (UDESC-Florianópolis), Mario Martim Bris (UAH-Espanha), Eládio S. Heredero (UAH-Espanha) e outros.
Mais informações em:
http://iage.fclar.unesp.br/eide/

Dica de livro. Hernan Cortez:Civilizador ou Genocida?




Culto, truculento, conquistador; demonizado por alguns, amado por outros. Acabo de ler, da Contexto, Hernán Cortez – a biografia de um dos mais importantes personagens na conquista da América, escrito por  Marcus Vinícius de Morais.
Figura indissociável da conquista da América, Hernán Cortez guarda muitas ambiguidades. Representa, ao mesmo tempo, o extermínio de um império indígena vasto e populoso e a origem do povo mestiço que constitui o México.
A campanha liderada por Cortez no mundo asteca entraria para a História da cultura ocidental como um dos maiores símbolos do contato entre culturas e o consequente choque de valores de sociedades distintas. E foi a partir desse encontro que um novo mundo, aos poucos, se ergueu e outra sociedade, sincrética, nem européia e nem indígena, começou a ser formada.
Com base em pesquisa realizada em relatos, cartas, memórias e diários de viagens da época, o autor reconstrói a extraordinária epopeia do guerreiro espanhol, cuja imagem oscila entre o símbolo máximo do conflito, da destruição provocada pelas guerras de conquista, e a representação do nascimento de um mundo novo.
 Hernán Cortez: civilizador ou genocida? A resposta fica a critério do leitor, que traz de volta à luz a vida do conquistador que conseguiu derrotar um dos maiores impérios que a América já teve: o asteca.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Entrevista com o presidente da Capes sobre o não cancelamento das bolsas

Capes torna sem efeito Ofício Circular nº 32/2011, enviado aos pró-reitores de pós-graduação no dia 2 de maio, que trata do cadastramento de bolsistas com vínculo empregatício remunerado. Mais esclarecimentos na entrevista com o presidente da Capes, Jorge Almeida Guimarães:

1. A Capes e o CNPq publicaram no dia 2 de maio uma nota sobre acúmulo de bolsa e vínculo empregatício, relacionada à Portaria Conjunta CAPES-CNPq n° 01/2010. Qual o motivo desta nota, quase um ano após a publicação da portaria?
A portaria tinha e continua tendo a intenção de estimular o estudante a ter a possibilidade de ser contemplado, durante a pós-graduação, com um vínculo empregatício. Não queremos estimular mecanismos de risco para o que é o principal objetivo da pós-graduação: estimular jovens que estão cursando pós-graduação, sobretudo os provenientes da iniciação científica, a obter um desempenho que permita um vínculo empregatício. Com a portaria, o bolsista que se desenvolveu bem no mestrado ou no doutorado e tem a oportunidade de trabalhar numa empresa ou em uma instituição privada para dar aula, por exemplo, poderá fazer isso legalmente, diferentemente do que acontecia antes, quando trabalhavam sem carteira assinada e sem comunicar às agências. Mesmo assim, há que se considerar a questão do tempo de dedicação ao curso e ao emprego, o que só pode ser decidido pelo orientador do bolsista, endossada pelo coordenador de pós-graduação (CPG).
Isso é importante para a instituição que contrata e para o aluno e é um exemplo para os colegas dado o seu desempenho. De maneira nenhuma a portaria estimula que, para ganhar bolsa, tenha que ter vínculo antes. O vínculo antes é o problema, pois é preciso que seja o orientador que autorize: salvo em pouquíssimos cursos, o aluno que está entrando não tem orientador ainda, e, quando tem, é tão novo que não sabe se o aluno tem desempenho suficiente e em que nível está o desenvolvimento de sua tese ou dissertação, portanto, como pode fazer isso antes? Isso só pode ser feito depois. E o depois é pelo menos seis meses. Não acredito que antes disso possa permitir ao orientador uma visão clara para essa autorização.
Por que a nota? Porque houve interpretação indevida e imprópria para atender casos específicos e particulares à revelia do juízo do orientador sobre a pertinência da concessão da bolsa, baseado do desempenho do aluno, após o início do curso e do projeto de pesquisa. Há casos de pessoas com vínculo na própria instituição sendo estimuladas a fazer o mestrado por causa da bolsa. Não é esse o papel da Capes e do CNPq. Não se trata aqui de considerar a bolsa como complementação salarial. Esta condição está contemplada de forma exclusiva para os professores da Rede Pública de Educação Básica, prevista na Portaria Ministerial nº 289, de 31/03/2011, modificada pela Portaria nº 478, de 29/04/2011. A formação é para prepararmos mais jovens para o bom desempenho em suas áreas de atuação para o desenvolvimento do país e não para complementar o salário que a pessoa já tinha. Em algumas instituições e cursos, o fato de já ter o vínculo empregatício estava predominando para a seleção, sendo que esta deve ser feita por mérito.
Quem deve decidir se o bolsista tem desempenho suficiente para ter ou não vínculo empregatício é o orientador, não o curso. Só o orientador sabe quem são os alunos qualificados para essa possibilidade. Cada um tem uma média de 4 a 6 orientandos e é obvio que nem todos merecem ter essa autorização. Alguns terão, outros não. Portanto, houve sim falta de consideração para com a motivação maior da Portaria Conjunta Capes-CNPq n° 01/2010, que é clara e objetiva. O que houve foi a emissão de uma circular de setor da Capes sem a ciência da Presidência desta agência e muito menos do CNPq, e que levou ao sobressalto que estamos verificando.
2. Quais são então as regras para o acúmulo de bolsa e vínculo empregatício no âmbito da Capes?
Como eu disse anteriormente, a regra básica é que o aluno bolsista possa ter a possibilidade do emprego depois de já estar matriculado, quando seu orientador já tiver um conhecimento mais aprofundado sobre sua capacidade de se desenvolver no curso. Ou seja, como um produto do ganho do próprio curso de pós-graduação. Se não, nós prejudicamos a base inicial desse processo que é, sobretudo, o mérito e os bolsistas que provém da iniciação cientifica. Quem não observa esses requisitos, corre risco de não ter bons candidatos na pós-graduação.
Hoje temos cerca de 80 mil estudantes de iniciação cientifica no Brasil entre CNPq, agências estaduais e pessoas voluntárias – sem contar o Pibid da Capes e oriundos do Programa PET. Esses são os melhores candidatos para fazer mestrado. São 80 mil e o mestrado oferece anualmente, em todo o Brasil, 50 mil vagas. Portanto, é esse o nosso grande alvo. Claro que não é exclusivamente isso, mas colocar as bolsas nas pessoas já com vinculo estaria excluindo nosso principal candidato e isso nós não queremos estimular. Caso a situação persista as agências poderão considerar o cancelamento da Portaria.
3. No caso de um aluno que, sem vínculo empregatício, tenha sido contemplado com bolsa e, futuramente, seja contratado para o quadro da própria instituição na qual estuda. Ele terá a bolsa cancelada?
A bolsa deve ser cancelada, pois não foi instituída para estimular essa prática. Reafirmo: a bolsa não é uma complementação salarial. É para apoiar os jovens com mérito que, não tendo vínculo empregatício ainda, possam tirar proveito da oportunidade que o governo dá de estudar com bolsa nos cursos rigorosamente avaliados pela Capes e, a partir do seu desempenho, ter as oportunidades de conseguir um vínculo empregatício qualificado para as atividades que considerarmos prioritárias: tecnológicas e educação básica. Como acima mencionado, os professores da Educação Básica da Rede Pública podem acumular remuneração e bolsa, mesmo com o vínculo a priori.
4. As regras existentes antes da portaria, que permitiam o acúmulo de bolsas para professor da educação básica, professor substituto, tutor da UAB e profissional de saúde pública continuam valendo?
Continuam valendo. As portarias que tratam dessa questão mencionam claramente que são áreas de interesse do Estado. Permitir que professores da escola pública façam mestrado – sobretudo mestrado profissional, mas também acadêmico – recebendo bolsa é o principal objetivo. Estes, repito, nós consideramos interesse do Estado. O acúmulo, então, é permitido e vai continuar sendo.
5. No caso de servidor público. Quem já é servidor e torna bolsista, como proceder? E para casos em que o aluno que já é bolsista passa em concurso público, ele deve pedir o cancelamento da bolsa?
Não deve ganhar bolsa, essa é uma regra básica, exceto para professores da Rede Pública da Educação Básica. Os cursos têm que considerar o seguinte: tendo vínculo empregatício prévio, não deve ter bolsa de imediato. Essa é uma lógica fundamental sem a qual vamos colocar em risco a credibilidade e o sucesso da pós-graduação brasileira.
A Portaria não foi feita para estimular esse tipo de ação individual, foi feita para premiar os alunos que se destacam, estando na pós-graduação com bolsa do CNPq ou da Capes, venham, em função do próprio desempenho, conversar com seu orientador sobre a possibilidade de conciliar os estudos com o emprego. E não um direito prévio, isso é importante dizer. Portaria a gente faz e também desfaz e, se for seguida de maneira equivocada, poderemos cancelá-la.
6. Quais os desdobramentos possíveis em função dos questionamentos sobre a Portaria?
A Direção da Capes está determinando o cancelamento da citada circular e divulgando na sua página nota de esclarecimento sobre o entendimento a ser aplicado pelos orientadores e cursos sobre como deverão autorizar o bolsista a assumir compromisso de emprego.
A Capes e o CNPq farão um levantamento das situações junto aos cursos para posterior deliberação conjunta, além de, eventualmente, revisar a Portaria, tornando-a mais restritiva em seus objetivos ou, até, mesmo, revogá-la se as duas Agências considerarem que é melhor para o sistema.

CAPES e CNPq anunciam ANULAÇÃO do ofício circular que cancelava bolsas

17/05/2011
 Após denúncias de pós-graduandos de todo o Brasil sobre o cancelamento de bolsas, a ANPG se reuniu com o presidente da Capes e obteve uma vitória preciosa: a garantia de direitos dos pós-graduandos.
A Capes acaba de divulgar uma entrevista com o seu presidente, Jorge Guimarães, em que ANULA o Ofício Circular nº32/2011 que trata do cadastramento de bolsistas com vínculo empregatício remunerado.A decisão foi tomada após reunião da ANPG com o professor Jorge Guimarães realizada nesta segunda-feira (16) e o novo encaminhamento é compartilhado pela Capes e pelo CNPq.
Na semana passada uma enxurrada de e-mails na caixa da ANPG nos deu a dimensão do problema gerado por um ofício circular da Capes orientando o cancelamento das bolsas de centenas de pós-graduandos do país por conta de uma nova interpretação a respeito da Portaria Conjunta n° 1 de 16 de julho de 2010 .
O ofício ameaçava os programas de perderem suas cotas de bolsas caso não cancelassem até este mês de maio toda as bolsas de estudantes que tivessem vínculo empregatício anterior à bolsa.
Tal informação gerou uma polêmica grande no país e centenas de pós-graduandos recorreram à ANPG. Na mesma semana, a entidade lançou uma nota contra o cancelamento das bolsas e conseguimos marcar uma audiência com o professor Jorge Guimarães.
 
Elisangela Lizardo (presidenta da ANPG), Carolina Pinho(vice-presidenta), João Azuma (Relações Institucionais),Otávio Maioli (APG UFRJ), Rodrigo Barbosa (APG UnB) e o presidente da Capes, Jorge Guimarães. Foto: Luana Bonone
Na reunião, da qual participaram diretores da ANPG e das APGs da UFRJ e da UnB, o presidente da Capes disse discordar do tom do ofício circular. Ele defendeu a Portaria, mas disse que havia desvios na sua aplicação que precisavam ser corrigidos, motivo pelo qual a Capes e o CNPq divulgaram a nota de esclarecimento de 2 de maio de 2011.
A presidente da ANPG, Elisangela Lizardo, apresentou os e-mails recebidos pela ANPG reclamando do cancelamento das bolsas, assim como a nota divulgada pela entidade e as notas e manifestos da APG da UnBdos pós-graduandos da UFF e do Conselho da UFRJ. Em sua intervenção, Elisangela defendeu que a Capes e o CNPq anulassem o cancelamento das bolsas e debatessem ajustes na Portaria para o próximo período. Um abaixo-assinado contra o cancelamento das bolsastambém foi entregue.
O professor Jorge afirmou discordar do conteúdo do ofício circular – e, portanto, do cancelamento das bolsas como este documento impunha – e comprometeu-se a se reunir com o presidente do CNPq, Glaucius Oliva, para decidir sobre um novo encaminhamento. O diretor de relações institucionais da ANPG, João Carlos Azuma, então sugeriu ao presidente da Capes “descircular a circular”, que é exatamente o que a Capes e o CNPq estão fazendo, como pode ser observado na entrevista de esclarecimento publicada hoje.


João Azuma e Elisangela Lizardo debatendo a questão com Jorge Guimarães. Foto: Luana Bonone
A Capes e o CNPq anularam o ofício circular – portanto as bolsas não serão canceladas em maio, como previsto – mas alertam que farão um levantamento da situação das bolsas no país para combater possíveis irregularidades – a diferença é que agora será analisado caso a caso.
A vice-presidente da ANPG, Carolina Pinho, apresentou preocupação com o número de professores do ensino básico que teriam as bolsas cortadas de acordo com o oficio circular, ao que o presidente da Capes respondeu categórico: “não serão canceladas bolsas de professores do ensino básico”.
Esta é uma grande vitória de todos os pós-graduandos que resolveram se mobilizar contra o cancelamento generalizado das bolsas anunciado pelo ofício circular. A ANPG agradece a todos os que entraram em contato para apresentar suas demandas, reclamações, histórias, sugestões, manifestos, abaixo-assinados, etc.
A soma deste esforço coletivo nos conduziu a esta vitória e pode nos levar a muitas outras, como o necessário reajuste do valor das bolsas de pesquisa. Para alcançar novos êxitos, o momento exige organizar o movimento nacional de pós-graduandos, com a construção de APGs por todo o país.

ANPG