domingo, 19 de abril de 2009

Entrevista com o Prof. Antonio Carlos Ferreira Pinheiro sobre seu novo livro. “Um Roteiro Histórico Educacional na Cidade de João Pessoa



Obra, lançada pela Editora da UFPB, faz uma cartografia da arquitetura educacional na Capital paraibana

Uma visão da educação na capital paraibana a partir de imagens e pequenos textos a revelar uma infinidade de monumentos educacionais relativos a diversos momentos de nossa história social e cultural.

Este é “Um Roteiro Histórico Educacional na Cidade de João Pessoa”, livro de autoria do professor Antônio Carlos Ferreira Pinheiro, doutor em História da Educação pela Universidade Estadual de Campinas, pesquisador e professor do Departamento de Metodologia da Educação (CE) da UFPB desde 1990. O livro será lançado nesta sexta-feira (17) às 20h na livraria Prefácio do Mag Shopping. Influenciado por Gramsci, Thompson e Hobsbawam, o professor Antônio Carlos concedeu a seguinte entrevista à Agência de Notícias da UFPB:

Agência UFPB: Quando e como surgiu a idéia de escrever um livro que revela momentos de nossa história social e cultural?

Antônio Carlos: A idéia foi tomando corpo na medida em que realizava os trabalhos de campo como os meus alunos de graduação em Pedagogia e em História. Até então tudo estava na minha cabeça e eram repassadas as informações oralmente.

Agência UFPB: Quais seriam os mais importantes monumentos educacionais da cidade de João Pessoa, e por que?

Antônio Carlos: Todos são muito importantes porque representam momentos distintos de nossa história educacional. Todavia considerei aqui a sua antiguidade, excluindo os conjuntos de Santo Antônio e São Bento, por já terem conquistado o status de monumentos de caráter prioritariamente religiosos. Assim, elenco monumentos como o prédio do antigo conjunto Jesuítico que abrigou durante cem anos o Lyceu Parahybano, onde hoje funciona a Faculdade de Direito; o prédio construído para o funcionamento do Externato Normal (1885), hoje abrigando a Biblioteca Pública do Estado; o primeiro grupo escolar da Paraíba, Dr. Thomás Mindelo, criado em 1916, abrigando hoje várias ONG´s; o prédio destinado para o funcionamento da Escola Normal, a partir de 1919, que atualmente abriga o Palácio da Justiça e a antiga Escola de Aprendizes e Artífices, localizada na rua das Trincheiras.

Agência UFPB: Como o Sr. estruturou sua obra?

Antônio Carlos: Escolhi três pontos específicos na cidade aonde se encontram, nas suas proximidades, um número maior de monumentos educacionais. O ponto de partida é em frente da Catedral Nossa Senhora das Neves; em seguida a Praça dos Três Poderes, e por fim o Parque Solon de Lucena.

Agência UFPB: Qual o comprometimento dos organismos educacionais oficiais na manutenção e divulgação desses monumentos educacionais de João Pessoa?

Antônio Carlos: Os organismos educacionais oficiais pouco têm se dedicado no sentido de proteger, cuidar e divulgar para a sociedade a importância cultural e social desses monumentos educacionais. Entretanto, acho que há muita gente preocupada com eles, mas que têm pouco poder de decisão sobre a alocação de recursos que venham a destinados para o seu tombamento, restauração e conservação. Os órgãos que “cuidam” desses monumentos recebem escassos apoio e recursos do poder estatal e também do setor privado para que possam desenvolver plenamente as suas atividades.

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